Lula recebe apoio de líderes e ex-presidentes da América Latina

Considerado ‘persona non grata’ pelo governo israelense, presidente é respaldado por chefes de estado de nações vizinhas

 

 

Líderes e ex-presidentes de diversos países da América Latina e África manifestaram seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as contundentes declarações sobre o governo de Israel e o massacre em Gaza. Considerado “persona non grata” pelo governo israelense, Lula mostrou ter grande respaldo entre os países vizinhos e de outras regiões do mundo.

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), formada por Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Granada, Nicarágua, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Grenadinas e Venezuela divulgou uma nota em que afirma que os estados-membros solidarizam-se com Lula. Na declaração, os estados-membros expressaram solidariedade ao líder brasileiro, destacando sua defesa dos direitos humanos e dos princípios da Carta das Nações Unidas, do Direito Internacional e da autodeterminação dos povos.

“O presidente do Brasil, Lula, é um líder de seu país e de nossa América, fiel defensor dos direitos humanos e dos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, do Direito Internacional e do respeito a autodeterminação dos povos”, pontua a nota. A Alba também pede o cessar-fogo imediato, e reforça o apoio à proposta — também defendida por Lula — de uma saída negociada para o conflito no Oriente Médio, que inclua a solução de dois Estados, dando à Palestina direitos plenos como Estado independente, com capital em Jerusalém Oriental.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, também demonstrou “solidariedade integral” a Lula, utilizando as redes sociais para expressar sua solidariedade. Ele denunciou os eventos em Gaza como um genocídio, destacando as mortes de civis, incluindo crianças, mulheres e idosos. O ex-presidente boliviano Evo Morales também usou as redes sociais para declarar apoio a Lula. Para Evo, a declaração de persona non grata feita por Israel é injusta, já que o presidente brasileiro se manifestou em defesa da vida e da dignidade do povo palestino perante o genocídio em Gaza.

O ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, juntou-se ao coro de apoio, enquanto países africanos membros da União Africana foram informados previamente pelo governo brasileiro sobre a posição que Lula defenderia em relação aos acontecimentos em Gaza, e também demonstraram apoio. Nesta semana, a União Africana expulsou Israel como estado observador, além da África do Sul ser responsável por denunciar o massacre de palestinos na Corte Internacional de Justiça.

Pelas redes sociais, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, prestou solidariedade “ao querido irmão Lula, presidente do Brasil”. “Declarado persona non grata em Israel pela sua sincera denúncia do extermínio da população palestina em #Gaza. Aplaudimos e admiramos sua bravura. Você sempre estará do lado certo da história”. Já o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que “Hitler foi uma construção, um monstro criado pelas elites ocidentais… Como disse o presidente Lula da Silva, o governo israelense está fazendo a mesma coisa com os palestinos que Hitler fez com os judeus: eliminando-os”.

Apoiadores de Lula lançaram duas moções de apoio populares, que já acumulam mais de 130 mil assinaturas. A campanha “Lula tem razão” destaca a “histórica” declaração de Lula, ressaltando a gravidade do genocídio praticado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino. Organizações e indivíduos que endossam Lula afirmam que suas declarações simplesmente evidenciam a realidade do conflito em Gaza e afirmam a coragem do presidente em enfrentar essa verdade. Confira o site: www.lulatemrazao.com

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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