Direto de Lisboa – Henrique Acker (correspondente internacional) – Depois das assinaturas de uma série de protocolos e memorandos em diversas áreas, o presidente Lula e o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, fizeram considerações sobre a importância dos encontros anuais entre os dois países, que foram interrompidos no governo Bolsonaro.
Costa ressaltou que os acordos assinados nesta XIII Cimeira Luso-Brasileira estão voltados para as necessidades mais sentidas por brasileiros e portugueses, como a equivalência de diplomas de ensino básico e médio e as carteiras de motorista, que passam a valer nos dois países.
O primeiro-ministro português também destacou a cooperação na área energética, com investimentos previstos em mais de cinco bilhões de euros das empresas EDP e Galp no Brasil, e na aquisição de aviões de caça super tucano pela Força Aérea Portuguesa, produzidos pela Embraer.
António Costa manifestou o compromisso de avançar nas relações da União Europeia com o Mercosul e no reconhecimento do Português como língua oficial para os fóruns da ONU.
Ao final, disse que o Presidente Lula é sempre bem-vindo a Portugal. “Esta é a sua casa”, arrematou.
O presidente Lula disse que o Brasil ficou isolado do mundo nos últimos quatro anos, referindo-se à gestão Bolsonaro.
Como exemplo dos estragos produzidos internamente, Lula lembrou que 14 mil obras que estavam em andamento desde o governo Dilma ficaram paradas, entre rodovias, ferrovias, pontes e até creches.
Lula afirmou que o Brasil está de volta ao cenário internacional para estabelecer uma política de crescimento compartilhado com outros países .
“Se depender de mim nós vamos avançar com os acordos Mercosul e União Europeia”, disse, prometendo articular a unidade da América Latina para negociar em pé de igualdade com os países europeus.
Para Lula, mais do que a compra de empresas brasileiras por grupos portugueses e vice-versa, o que importa é que os dois lados possam estabelecer negócios que gerem riqueza, avanço tecnológico e empregos.
Ao final, Lula manifestou a importância da aliança entre Brasil e Portugal.
Segundo o Presidente brasileiro, mais do que o tamanho de Portugal e o volume de negócios entre os dois países, que pode ser muito maior, “o que importa são os séculos de cultura e a história deste país”. (Foto Henrique Acker)
Por Henrique Acker – correspondente internacional