O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), convidado para reuniões na cúpula do G7 com os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos Estados Unidos, Joe Biden, hesita em responder aos pedidos de encontros.
A reunião acontece em Hiroshima, Japão, e a agenda oficial do governo para o último dia da já foi divulgada sem previsões de conversas com Zelensky e Biden.
Questionado neste sábado (20) sobre o possível encontro com Zelensky, o presidente Lula respondeu que não sabia se a reunião aconteceria. A ideia do líder ucraniano seria expandir o apoio para além dos seus aliados do G7.
Lula se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz.
Com Macron, o petista debateu a guerra entre Rússia e Ucrânia, além da preservação da Amazônia, da qual a França faz parte com o território ultramarino da Guiana Francesa.
“Reencontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, no G7. Falamos sobre a preservação da Amazônia e caminhos para a construção da paz na Ucrânia. Estamos retomando a amizade e parceria entre nossos países, podemos fazer muitas coisas juntos”, escreveu em uma rede social.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também deseja se encontrar com o presidente Lula para falar sobre a guerra da Ucrânia.
Além de Lula, Sullivan disse que Biden também deseja conversar com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, sobre o mesmo assunto.
Brasil no G7
O presidente brasileiro participa de eventos da cúpula dos países mais ricos do mundo neste fim de semana.
O G7, composto por Estados Unidos, a Alemanha, a França, o Canadá, a Itália, o Japão e o Reino Unido é o antigo G8, haja vista que a Rússia não faz mais parte do bloco, tendo sido expulsa após a tomada da Crimeia, em 2014.
Esta é a sétima participação de Lula no encontro. A última presença de um chefe de Estado do Brasil foi na edição de 2009.
O convite para o Brasil participar da cúpula do G7 partiu do Japão, país anfitrião, e é visto pela diplomacia brasileira como sinalização do prestígio internacional de Lula. Em 2022, foram convidados pelas nações industrializadas a Argentina, Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)