O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conduz nesta segunda-feira (20) a primeira sessão com os ministros de seu governo neste ano. A reunião acontece em um contexto de expectativas em relação a uma possível reforma ministerial.
Lula irá acolher os ministros na Granja do Torto, residência oficial de descanso da Presidência. O mandatário está considerando eventuais modificações para acomodar as solicitações dos partidos do Centrão em busca de mais representatividade na Esplanada.
A primeira alteração ocorreu no setor de comunicação do governo. Lula designou o publicitário Sidônio Palmeira para o cargo de Secretário de Comunicação Social da Presidência (Secom).
Ele tomou o lugar de Paulo Pimenta (PT-RS), que está com licença do cargo de deputado. O ex-ministro, por sua vez, está aguardando uma decisão de Lula sobre sua nova alocação.
Em função da reunião entre ministros, alguns deles decidiram encerrar ou adiantar suas férias. Esse é o caso de Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Marcos Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e Carlos Lupi (Previdência Social), cujas voltas foram oficialmente publicadas no Diário Oficial da União na última quinta-feira (16).
Vem aí mudanças
A entrada de Sidônio já havia sido programada, mas o incidente relacionado ao Pix levou o governo a reavaliar sua decisão de intensificar a fiscalização de pagamentos. O novo ministro foi escolhido especialmente para redefinir a comunicação governamental e as táticas para combater a desinformação.
Com a designação de Sidônio, que participou da campanha eleitoral de Lula em 2022, o presidente aguarda uma nova etapa de seu governo nos últimos dois anos de sua administração.
Atualmente, a Esplanada conta com 39 ministros. O PT lidera 12 ministérios, enquanto outros dez partidos (PSD, MDB, Republicanos, PSB, União Brasil, PC do B, PP, PDT, PSOL e Rede) também estão representados na equipe ministerial.
Membros de partidos centristas expressam insatisfação com a ausência de diálogo entre a administração e o Legislativo, além de solicitar uma maior representatividade nas decisões do governo. (Foto: Ricardo Stuckert)
