“Lula é o cacique. Eu sou o indígena”, diz Mercadante diante de lideranças indígenas no Pará

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, cancelou toda sua agenda para participar de uma reunião virtual histórica com 62 caciques de diferentes etnias no Pará. Organizado pelo gabinete do senador Beto Faro (PT-PA), o encontro conectou lideranças de 524 localidades, representando mais de 80 mil indígenas, que puderam debater demandas relacionadas à participação no Fundo Amazônia. Mercadante abriu o evento com uma frase marcante: “Lula é o cacique maior”. Eu sou apenas indígena”, destacando a importância do momento como um marco na construção de uma nova relação entre o BNDES e os povos da Floresta.

 

Compromissos e Encaminhamentos

O presidente do BNDES reiterou que o Fundo Amazônia deve ser um instrumento de apoio eficaz às comunidades indígenas, guardiãs da floresta. Em suas propostas, enfatizou a importância de ter uma relação direta com as associações indígenas e propôs ao senador Beto Faro (PT-PA) realizar oficinas de capacitação com o apoio do BNDES, além de organizar uma agenda de visitas aos territórios tradicionais.

O senador Beto Faro foi desafiado a liderar uma mobilização indígena no Pará e, de imediato, assumiu a responsabilidade. O primeiro encontro presencial está previsto para janeiro de 2025, coincidindo com a preparação para a COP 30, que ocorrerá em Belém.

Destaque para Tereza Campello

A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, teve uma participação central na reunião. Durante duas horas, respondeu às perguntas das lideranças, esclarecendo critérios e processos de acesso ao Fundo Amazônia. Campello destacou a necessidade de ações integradas para enfrentar o desmatamento e se obrigou a fornecer uma cartilha com orientações planejadas sobre os critérios do Fundo dispostos no Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PCCDam).

 

Apoio Parlamentar

A deputada federal Dilvanda Faro, presidente da Comissão dos Povos Originários, acompanhou a reunião com atenção, anotou as demandas e garantiu seu apoio às pautas apresentadas. “Essa é uma luta de todos os amazônidas”, afirmou a deputada que tem vasta experiência com populações tradicionais que estão no foco de seu mandato. “O presidente Lula tem feito muito, sensibilizando a comunidade internacional a contribuir com o Fundo Amazônia. A floresta é a vida do nosso povo”, afirmou.

 

Repercussão entre as Lideranças Indígenas

Os caciques consideraram o encontro um marco na relação entre o banco e os povos indígenas da Amazônia.  Para o líder Irwin Atikum, principal articulado entre as etnias, classificou o encontro como um dia histórico. “A destruição da Floresta é real. O desafio de proteger é de todos que sonham com um novo amanhã” afirmou, agradecendo a Aloizio Mercadante, Tereza Campello e senador Beto Faro pelo apoio.

Welton Suruí da região do Bico do Papagaio, ressaltou a relevância do evento no contexto pós-incêndios que devastaram culturas nativas como o açaí e a castanha -do- Pará. Ele elogiou a clareza das explicações prestadas por Tereza Campello e afirmou que as oficinas prometidas serão essenciais para superar as barreiras da exclusão

Kate Parkatêjê da reserva Mãe Maria em Bom Jesus do Tocantins, foi enfático: “Finalmente fomos ouvidos pelo BNDES para saber o que é o Fundo Amazônia. “Fiquei feliz de ver o Mercadante dialogando diretamente conosco. “declarou.

 

Próximos Passos

Nos bastidores, articulações entre o gabinete do senador Beto Faro, o BNDES e lideranças indígenas continuam para garantir a implementação das iniciativas discutidas. O próximo encontro entre as partes deverá ocorrer em janeiro de 2025, consolidando as ações rumo a um futuro sustentável para a floresta e seus povos.  (ASCOM – Senador Beto Faro -PT-PA)

 

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