Lula e Dino fazem balanço da segurança pública: ‘trabalho extraordinário durante ano muito difícil’

Para presidente, Dino fez trabalho “extraordinário” em um “ano muito difícil”. Ministro afirmou que houve um rompimento definitivo da “suposta relação em que mais armas, menos crimes”

 

No seu último dia como ministro da Justiça, Flávio Dino fez um balanço das ações da pasta em 2023. O anúncio dos resultados foi feito na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu sucessor no cargo, Ricardo Lewandowski. Segundo o governo, houve queda em vários indicadores de criminalidade e aumento de investimentos na segurança pública no ano passado em todo o país.

De acordo com a apresentação de Dino, nesta quarta-feira (31), houve uma redução de 4,17% no registro de crimes violentos, letais, intencionais no país em 2023, enquanto foi registrado um aumento de 25,5% na apreensão de armas ilegais. O ministro afirmou que houve um rompimento definitivo da “suposta relação em que “mais armas, menos crimes”.

“É possível tecer um panorama em que nós temos a redução do armamentismo irresponsável e não temos o crescimento das taxas de criminalidade violenta, pelo contrário, rompendo definitivamente aquela suposta relação de causa e efeito de que mais armas, menos crimes. Mostramos que menos armas e menos crimes. Essa é a síntese desse panorama”, disse.

O trabalho de Dino à frente da pasta foi muito elogiado por Lula. “Esse encontro que nós estamos realizando é um encontro de prestação de contas de um companheiro que prestou serviço extraordinário ao meu governo, num primeiro ano muito difícil, e que a partir de amanhã não será mais ministro da Justiça”, disse.

Segundo os dados apresentados por Dino, em 2023, foram registados 40.429 crimes violentos, letais, intencionais, uma redução de 4,17% em relação a 2022, quando foram registrados 42.190. Já sobre armas, Dino afirmou que 10.672 armas ilegais foram apreendidas em 2023, aumento de 25,5% em relação a 2022, quando foram apreendidas 8.502. Ainda de acordo com os números apresentados pelo Ministério da Justiça, houve também uma redução de 79% no registro de normas armas em 2023. Foram 28.344 frente à 135.915 em 2022. Já o porte de arma para uso pessoal houve uma redução de 56%: 5.675 em 2022 e 2.469 em 2023.

Ainda de acordo com o ministério, a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), iniciada após uma escalada de violência no Rio, promoveu um prejuízo de R$ 1,4 bilhão ao crime organizado, soma das apreensões de bens com os valores perdidos com as apreensões de maconha e cocaína. Dino apresenta nesta quarta-feira um balanço da sua gestão à frente da pasta durante o primeiro ano do novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele assumirá a vaga no Supremo Tribunal Federal em fevereiro.

(Foto: Sérgio Lima/Poder360)

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