O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve deixar para julho do ano que vem as metas setoriais de redução da emissão de gás carbônico.
Na última semana, setores da economia vinham pedindo ao governo brasileiro que compromissos para segmentos da economia fosse anunciados antes de uma meta geral até 2035.
Em reunião, na sexta-feira (8), coube ao presidente e ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, decidirem sobre o anúncio das novas metas.
Segundo relatos, o receio foi de que metas setoriais para segmentos da economia, como indústria e agronegócio, poderia resultar em uma divisão.
A estratégia foi, então, anunciar uma meta geral, que tivesse o respaldo de todos os segmentos econômicos, para permitir um maior período de negociação.
Um dos receio no governo brasileiro era de que, um anúncio neste momento para os segmentos da economia, poderia até mesmo inviabilizar o anúncio de uma meta na COP 29, nesta semana.
Por isso, Lula e Alckmin optaram por uma meta geral: o compromisso de reduzir as emissões líquidas de gases do efeito estufa de 59% a 67% até 2035.
O número equivale a uma redução das emissões para alcançar entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente em 11 anos.
Há um aumento de 13% a 29% para os níveis de redução se comparado com a meta anterior, estabelecida para 2030.
O Ministério do Meio Ambiente argumenta que, apesar das críticas de entidades ambientais, a meta geral é ambiciosa. E o Brasil se esforçará para atingir o seu teto.
A expectativa é de que os planos setoriais fiquem para o Plano Clima, que deve ser apresentado somente em julho de 2025. (Foto: Getty Imagem)