Lula critica ataque aéreo de Israel e diz que ações em Gaza são “vingança”

Neste domingo (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou um bombardeio israelense na Faixa de Gaza que deixou nove dos dez filhos de uma médica palestina mortos. O chefe de Estado classificou o ataque como mais uma ação vergonhosa e covarde”.

Além de compartilhar informações sobre o tema na plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter), a posição foi comunicada de forma oficial pela Presidência da República.

“Esse evento representa, em todas as suas facetas, a brutalidade e a falta de humanidade de uma guerra em que um governo altamente armado se volta contra a população civil desprotegida, causando sofrimento diário a mulheres e crianças inocentes”, prosseguiu Lula.

 

Lula, por sua vez, declara que as operações em Gaza deixaram de ser sobre defesa, a luta contra o terrorismo ou a libertação de prisioneiros, e passaram a ser uma questão de “vingança”. O presidente ressalta que o que ocorre em Gaza configura um genocídio.

“Não é mais uma questão de garantir o direito à defesa, de lutar contra o terrorismo ou de tentar resgatar os reféns que estão sob o controle do Hamas. O que se observa em Gaza atualmente é um ato de vingança. O principal propósito dessa etapa do genocídio é retirar dos palestinos as condições básicas de sobrevivência, com a intenção de forçá-los a deixar sua terra legítima”, completou.

Ao longo da história, o Brasil tem apoiado a ideia de uma resolução que envolva a criação de dois Estados: Israel e Palestina. Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve em Madri, na Espanha, em uma reunião para abordar essa possibilidade. Durante o evento, ele se reuniu com o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Mustafa, conforme informado pelo Itamaraty.

O governo do Brasil apoia o reconhecimento da Palestina como um Estado no cenário internacional e busca sua aceitação como membro pleno das Nações Unidas.

Conforme informado pelo Itamaraty, em sua declaração na conferência, o ministro Mauro Vieira “se posicionou contra a falta de ação da comunidade global frente ao ‘massacre’ de civis inocentes em Gaza e ressaltou que a história não justificará essa postura”. Essa declaração está alinhada com a opinião manifestada pelo presidente Lula.

O ministro do Brasil declarou que “nenhum interesse do país e nenhuma questão de política interna podem justificar a omissão diante de atos que minam as bases do direito internacional”. (Foto: Reuters)

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