A taxa de desemprego no Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2024 a 7,9%. Foi a menor taxa já registrada para o período desde 2014 e ficou abaixo das expectativas
O presidente Lula comemorou nesta terça-feira (30) o resultado da taxa de desemprego para o primeiro trimestre de 2024: 7,9%. “Governo trabalhando para todos: menor taxa de desemprego para o período desde 2014, queda de quase um ponto percentual em relação a 2023. E vamos seguir avançando”, publicou o presidente no BlueSky.
O resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou alta em relação ao quarto trimestre de 2023, quando a taxa de desemprego havia ficado em 7,4%, mas ficou abaixo do primeiro trimestre do ano passado, de 8,8%. A taxa de desemprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foi a menor já registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014, quando foi de 7,2%.
Também ficou abaixo das expectativas, segundo pesquisa da Reuters com economistas, que previam de 8,1%. Uma das consequências da manutenção do emprego com carteira foi que o rendimento médio das pessoas ocupadas chegou a R$ 3.123, com alta de 1,5% no trimestre e de 4,0% na comparação anual. Entre os grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua, a comparação com o trimestre encerrado em dezembro de 2023 indica altas no rendimento de Transporte, armazenagem e correio (4,3%, ou mais R$ 122), Outros serviços (6,7%, ou mais R$ 158) e Serviços domésticos (2,1%, ou mais R$ 25), sem variações significativas nos demais grupamentos.
Frente ao primeiro trimestre de 2023, houve altas no rendimento da Indústria (7,5%, ou mais R$ 215), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,9%, ou mais R$ 96), Transporte, armazenagem e correio (7,1%, ou mais R$ 198) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,6%, ou mais R$ 152). Os outros grupamentos não mostraram variação significativa.
Apesar da alta do rendimento médio, na comparação trimestral, a massa de rendimentos dos trabalhadores, que é a soma dos rendimentos de toda a população ocupada no país, permaneceu estável ante o trimestre encerrado em dezembro de 2023. Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, lembra que a redução da população ocupada, no trimestre, concorreu para que a massa de rendimentos permanecesse sem alteração significativa, nessa mesma comparação.
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)