Lula comemora liberdade de Assange: ‘Mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje’

O fundador do WikiLeaks foi libertado da prisão onde estava desde 2019, em Londres, após acordo com a Justiça do Estados Unidos

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nesta terça-feira (25) a soltura do jornalista australiano Julian Assange, que foi liberado na segunda-feira (24), após cinco anos na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres. Para o petista, o mundo está “um pouco melhor e menos injusto” com a decisão, embora seja tardia.

“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, escreveu Lula em sua conta no X.

Assange firmou um acordo com a Justiça dos Estados Unidos e foi libertado da prisão onde estava, em Londres, Inglaterra. Ele vai se declarar culpado das acusações de espionagem. Porém, como já cumpriu a pena, será libertado em seguida, e deve seguir para a Austrália, onde tem cidadania.

O jornalista embarcou rumo a um tribunal das Ilhas Marianas do Norte, um território dos Estados Unidos no Pacífico, onde ocorrerá a audiência de formalização do acordo. Após declarar-se culpado, espera-se que Assange seja sentenciado a 62 meses de prisão. O tempo, porém, é inferior aos cinco anos que o ativista já cumpriu, resultando assim em sua liberdade após a audiência.

A informação da liberdade do ativista foi publicada pelo WikiLeaks, do qual Assange é dono e por onde divulgou, em 2010, milhares de documentos sigilosos dos Estados Unidos, especialmente sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. O material continha uma série de abusos cometidos pelo governo norte-americano, incluindo mortes de civis e jornalistas, além de abusos cometidos por autoridades dos EUA. Pelo vazamento, Assange foi acusado de espionagem e de ameaça à segurança nacional do país.

Ele estava preso em Londres desde 2019. Antes disso, passou sete anos refugiado na Embaixada do Equador na capital inglesa. A esposa de Julian Assange, Stella Assange, manifestou preocupação com a viagem de seu marido. “Precisamos de todos os olhares atentos ao voo dele caso algo dê errado”, escreveu Stella em seu perfil no X. “Julian não estará seguro até pousar na Austrália. Por favor, continuem acompanhando o voo dele.”

(Foto montagem – Ricardo Stuckert/Reuters)

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