Lula cobra mais diálogo de ministros com Congresso e critica pessimistas

O presidente cobrou nesta segunda (22) empenho dos ministros na negociação com deputados e senadores para a aprovação das propostas prioritárias para o Executivo. Declaração foi durante lançamento do Programa Acredita, um pacote de crédito para famílias de baixa renda e pequenos empreendedores

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira (22) que seus ministros dialoguem mais com o Congresso Nacional para aprovar medidas importantes para o governo. A declaração ocorre em um momento de uma crise aguda na relação entre Executivo e Legislativo. Em um evento de lançamento do programa “Acredita”, um pacote de crédito voltado especialmente para famílias de baixa renda e pequenos empreendedores, Lula falou não só sobre articulação política, mas também sobre as previsões negativas sobre a economia brasileira, desafiando os “pessimistas” com uma projeção otimista para 2024.

Na semana passada, a alteração das metas fiscais para os próximos anos gerou críticas e pioras nas previsões do mercado para o país. “É difícil, mas a gente não pode reclamar, porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim, ou não entra na política. A política é a arte que permite a gente viver na diversidade com as pessoas, porque a gente tem divergência”, declarou Lula.

Lula assinou pela manhã a Medida Provisória (MP) que institui o programa, enviada ao Congresso para aprovação. Os parlamentares terão 120 dias para decidir sobre a matéria. O presidente disse estar otimista com a aprovação, mas sinalizou que espera modificações no texto. “Nem todo mundo é obrigado a concordar com os nossos artigos. Tem pessoas que vão querer mudar. A gente vai xingar? A gente vai achar ruim? Não. A gente vai ter que colocar o governo para conversar”, destacou.

Lula também citou o cenário econômico brasileiro, e voltou a rebater falas sobre o gasto público do governo, defendendo que medidas que tragam retorno no futuro são investimentos. Desde a semana passada, o governo sofre críticas pela alteração da meta fiscal. “Eu quero alertar aos pessimistas. Esse país vai crescer esse ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora. Porque é o seguinte: se você não acredita, nós acreditamos no Brasil e no povo brasileiro”, pontuou.

(Foto: Wilton Junior/Estadão)

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