O presidente Lula voltou a se reunir com Ricardo Lewandowski nesta terça-feira (9)
Após reunião com o ex-ministro do Supremo Ricardo Lewandowski, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateu o martelo sobre a escolha para ocupar a vaga aberta no Ministério da Justiça e Segurança Pública com a saída de Flávio Dino do cargo. A informação foi divulgada pela rádio CBN. Segundo a reportagem, fontes do Palácio do Planalto relatam que o presidente já decidiu pelo nome do ex-ministro do Supremo. A expectativa é que Lula anuncie Lewandowski até a próxima semana.
No entanto, Lewandowski está ponderando os potenciais efeitos políticos da decisão, e levando em consideração o bom momento na advocacia privada, além da óbvia associação com o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Sérgio Moro. Já interlocutores próximos a Lewandowski, entendem que Moro utilizou o Ministério da Justiça como um degrau para ascender politicamente ou ser indicado ao Supremo Tribunal Federal, muito diferente de Lewandowski, que não teria pretensões políticas.
Esta é segunda reunião entre os dois somente nesta semana. Na tarde de segunda-feira (8) foi para conversar, justamente, sobre a montagem da equipe. De acordo com Malu Gaspar, do jornal O Globo, “Lewandowski sinalizou que aceitaria assumir a pasta se ela não for desmembrada, e tendo carta branca do Palácio do Planalto para montar a própria equipe”.
Lula, por sua vez, recomendou a Lewandowski que mantivesse em seus cargos o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. “Cappelli se tornou uma das principais figuras da área de segurança pública depois de ser nomeado interventor da segurança pública no Distrito Federal em 8 de janeiro do ano passado. Em outubro passado, Capelli também assumiu o comando da reação do governo federal à crise no Rio, quando milicianos queimaram 35 ônibus públicos, um trem e carros de passeio após a morte de um chefão do grupo. Nos últimos dias, ele chefiou a pasta em razão das férias de Dino. No governo lulista, Cappelli vem sendo citado como um potencial candidato a disputar o governo do DF em 2026, onde o petista foi derrotado por Bolsonaro nas urnas nas últimas eleições”, diz a reportagem.
Segundo interlocutores do Ministério, ele não aceitaria cargo diferente do qual foi nomeado no início do governo, no caso número dois da Pasta, ou a indicação para assumir como ministro. No momento, o destino de Cappelli, é incerto. Por outro lado, o PSB tem planos para o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça. Entre as opções, seria assumir uma secretária no Maranhão ou concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro. Quanto à primeira opção, o PSB teria de negociar com o PSD de Eduardo Paes, e com relação à segunda opção, Cappelli não teria intenção de voltar ao Maranhão.
(Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)
