Lula agendou a semana para anunciar ações de apelo social

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja aumentar, em breve, a comunicação de ações com grande apelo social, o que poderá aprimorar a imagem de sua administração e conter a diminuição na aceitação.

Nesta semana, três novos anúncios são esperados: a ampliação do limite de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil por mês, através de um projeto que será submetido ao Congresso; uma nova etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, direcionada para a classe média; e a expansão do Mais Médicos, que se tornará um dos principais pilares do governo na corrida eleitoral de 2026.

De acordo com o jornalista Valdo Cruz, do g1, a abordagem adotada visa fortalecer uma série de iniciativas benéficas. Na semana anterior, o governo federal investiu na promoção do crédito consignado destinado a empregados do setor privado, além de iniciativas como o Pé de Meia e o Farmácia Popular.

Mesmo com o impacto social, as ações implementadas até agora não conseguiram mudar a trajetória de desaprovação do governo, que, pela primeira vez em três mandatos, alcança índices superiores à sua aprovação. Consultores próximos ao presidente consideram que, apesar da “agenda positiva” não ter conseguido alterar a situação atual, ela tem, pelo menos, impedido uma piora ainda mais significativa da percepção pública sobre o governo.

 

Isenção até R$ 5 mil

A meta é prolongar o período até que aspectos como a diminuição da inflação dos alimentos ajudem a criar uma visão mais positiva sobre a administração do partido dos trabalhadores.

A proposta de alteração do Imposto de Renda será oficialmente divulgada nesta terça-feira (18), durante um evento com a presença dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A proposta sugere a isenção para aqueles que recebem até R$ 5 mil, uma ação que deve ser aprovada de forma suave pelo Legislativo.

O obstáculo, entretanto, reside na questão da compensação tributária, visto que o governo vai perder aproximadamente R$ 35 bilhões em receita e está à procura de soluções para equilibrar essa perda sem afetar as finanças públicas.

Com relação ao programa Mais Médicos, o recém-empossado ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), foi encarregado de reforçar essa iniciativa como um dos fundamentos da campanha do partido para 2026. O aumento do contingente de profissionais, sobretudo nas regiões mais necessitadas do território nacional, será uma das prioridades desta nova fase.

 

Minha Casa, Minha Vida

Conforme a matéria, Lula também ordenou que o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), elabore uma nova etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, direcionada à classe média.

Para tornar o projeto viável, o governo alocará R$ 15 bilhões do Fundo do Pré-Sal, que inicialmente era destinado à saúde e à educação, mas que neste ano poderá ser aproveitado para investimentos em habitação. O programa Minha Casa, Minha Vida possui grande apelo junto à população e, assim como o Mais Médicos, será um dos principais pilares da campanha eleitoral do ano que vem. (Foto: Ricardo Stuckert)

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