Na noite desta sexta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja da Silva, compareceram à celebração pelo aniversário de Marta Suplicy (PT), que ocorreu no salão de festas do edifício da ex-prefeita na capital.
O evento contou com a presença de ministros, líderes de partidos e figuras históricas da esquerda, em um período em que o PT se encontra em uma disputa interna para escolher seu próximo presidente. Além disso, há especulações no cenário político sobre os possíveis candidatos para uma futura reforma ministerial.
Os participantes foram obrigados a entregar seus celulares na entrada do evento, recebendo-os de volta apenas após a saída do presidente Lula.
Ao notar o ex-ministro José Dirceu à mesa com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o presidente não hesitou em atravessar o salão para cumprimentar calorosamente tanto o ministro da Justiça quanto seu antigo superior na Casa Civil.
“Você está parecendo um postulante a deputado”, brincou Lula com Dirceu, que está em busca de apoio para sua candidatura à Câmara em 2026.
Lula e Janja passaram aproximadamente duas horas na celebração e foram tão abordados por convidados que quase não tiveram a chance de experimentar as várias opções do menu, que incluía pratos da culinária japonesa, árabe, massas e frios.
Após percorrer o salão saudando a todos ao lado de Marta e de seu cônjuge, o empresário Márcio Toledo, os presidentes se acomodaram com os anfitriões em uma mesa na parte de trás.
O presidente estava acompanhado pelos casais Fernando Haddad e Ana Estela, pelo ex-prefeito de Osasco, Emídio Souza, pela desembargadora Gabriela Araújo, pelo advogado Marco Aurélio Carvalho e pelo deputado federal Rui Falcão.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, transitou com facilidade pela celebração e passou um tempo sentado à mesa de Lula e Haddad, mantendo uma conversa extensa com eles durante o evento.
Durante as discussões, Padilha e Dirceu enfatizaram sua intenção de apoiar Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, que não estava presente, para liderar o PT.
Após divulgar uma carta ao partido, Rui Falcão rejeitou a possibilidade de se candidatar à presidência do PT, no entanto, seus apoiadores e membros do partido acreditam que ele pode reconsiderar sua decisão.
As discussões sobre o contexto eleitoral de 2026 geraram debates vibrantes entre figuras proeminentes da esquerda brasileira, incluindo membros do PSOL, PCdoB e, evidentemente, do PT.
Há um consenso de que a esquerda deve identificar um candidato que possa se firmar como referência e prevenir um constrangimento na corrida pelo governo de São Paulo, especialmente se Tarcísio de Freitas optar por buscar a reeleição.
O ministro Márcio França (PSB) foi citado como uma alternativa capaz de reunir a esquerda e romper com a resistência ao PT, enquanto os integrantes do Psol demonstravam empolgação com a candidatura de Erika Hilton.
Um amigo fez uma piada com Marta Suplicy, perguntando se ela aceitaria concorrer ao Senado, mas ela rejeitou a ideia de retornar à rotina entre São Paulo e Brasília. (Foto: Reprodução)