Lula foi um dos primeiros líderes mundiais a se pronunciar e confirmou viagem à Bolívia no próximo dia 8 de julho. Além do presidente brasileiro, Luis “Lucho” Arce expressou a “mais sincera gratidão” a líderes e organizações internacionais pelo apoio à democracia
O presidente da Bolívia Luis Alberto “Lucho” Arce, usou suas redes sociais nesta quinta-feira (27) para agradecer o “firme apoio do irmão” Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu homólogo brasileiro, que prontamente condenou a fracassada tentativa de golpe de Estado e se posicionou a favor da democracia boliviana.
Lula foi o primeiro chefe de Estado a ser mencionado diretamente por Arce após o ataque antidemocrático à sede presidencial em La Paz, em resposta à declaração proferida pelo aliado político na noite anterior. “Saudamos e agradecemos o firme apoio do irmão presidente de Brasil, Lula, que condenou o fracassado golpe de Estado na Bolívia e se manifestou a favor da democracia boliviana”, escreveu Lucho.
O agradecimento se deu ao compartilhar a publicação do presidente às 18h14 desta quarta-feira (26), quando o ex-comandante do Exército boliviano, general Juan José Zuñiga, ainda tentava o golpe. “A posição do Brasil é clara. Sou um amante da democracia e quero que ela prevaleça em toda a América Latina. Condenamos qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia e reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia no país irmão, presidido por Lucho”, escreveu Lula.
Em meio à intentona golpista, o Brasil chegou a cogitar o embaixador em La Paz, Luís Henrique Sobreira Lopes, em sinal de rompimento diplomático com a Bolívia, mantendo apenas o apoio consular para cidadãos do Brasil que vivem em solo boliviano. No entanto, após a pronta reação de Arce e da população boliviana, Lula manifestou seu apoio ao colega e confirmou a viagem que fará à Bolívia no próximo mês.
A visita está prevista para Santa Cruz de La Sierra, a 850 quilômetros da capital La Paz. A região, na fronteira com o Brasil, é o berço de Luiz Fernando “Macho” Camacho, que chegou a ser recebido por Ernesto Araújo, chanceler de Jair Bolsonaro (PL), antes do golpe em Evo Morales em 2019. A viagem ocorrerá após a participação do presidente Lula no encontro de presidentes do Mercosul em Assunção, no Paraguai, em 8 de julho.
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)
