Lipoaspiração: médica colombiana denunciada pela morte de mais uma paciente

O Ministério Público denunciou e pediu a prisão preventiva, nesta terça-feira, da médica colombiana Eliana Maria Jimenez Diaz pela morte da paciente Adjane Marinho dos Santos, após lipoaspiração realizada em agosto de 2020.

Há cerca de um mês, a médica foi denunciada pelo MPRJ pela morte da cozinheira Ingrid Ramos Ferreira, que a procurou para o mesmo procedimento estético.

A decisão foi feita pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Penha e Irajá. De acordo com o promotor de Justiça Sauvei Lai, a denunciada assumiu o risco da morte da vítima na cirurgia, principalmente porque já havia matado outra paciente em procedimentos estéticos, “demonstrando, assim, a indiferença quanto ao resultado morte que poderia ser produzido com as suas cirurgias”.

Eliana Jimenez foi contratada pela vítima para a realização de um procedimento cirúrgico de lipoaspiração, realizado em setembro de 2020. A paciente recebeu alta hospitalar no dia seguinte, às 12h, mesmo com sangramento, anemia e pressão arterial, como relata a denúncia.

As fortes dores a fizeram ser levada, na madrugada seguinte, para um hospital, onde foi constatado que Adjane apresentava perfuração do intestino grosso e delgado, além de pancreatite aguda (quando as enzimas do pâncreas digerem o órgão). Os familiares da vítima foram comunicados pela direção do hospital que a morte aconteceu por erro médico.

Ao encaminhar a denúncia e o novo pedido de prisão para a 2ª Vara Criminal da Capital, a Promotoria destaca o risco de manter em liberdade a denunciada, tendo em vista “outros procedimentos investigatórios em que a atuação profissional médica da ora denunciada se mostrou extremamente grave, a ponto de causar o óbito em duas pacientes”.

Morte de Ingrid Ramos

Em 15 de junho, Ingrid Ramos Ferreira, de 41 anos, morreu após ter complicações durante uma lipoaspiração no consultório da médica Eliana Maria. A paciente estava com o filho, de 14 anos, principal testemunha.

De acordo com a cunhada de Ingrid, o procedimento era para reparar outro procedimento, feito há um ano. A mulher morreu na mesa de cirurgia.

Na imagem de câmera de segurança, médica carregando equipamento por corredor de clínica  ( Foto: Reprodução/ TV Globo)

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