Líder do Grupo Wagner está em lista de passageiros de avião que caiu

Veículos locais informam que Yevgeny Prigojin e outras nove pessoas a bordo faleceram; ainda não há informação oficial

 

O líder do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigojin, estava em um avião que caiu na região de Tver, perto da aldeia de Kuzhenkino, na Rússia. Outras nove pessoas também estavam a bordo da aeronave, um jato particular Embraer Legacy que voava de Moscou para São Petersburgo. De acordo com as primeiras informações da imprensa russa, Prigojin morreu no acidente, porém, às 14h31 (horário de Brasília), o noticiário voltou atrás e informou que o líder apenas estava na lista de passageiros da aeronave. O mercenário foi protagonista de um motim contra a cúpula das forças militares russas em junho, que durou menos de 24 horas. Depois, acabou exilado na Bielorrússia. Desde então, ele não era visto no país..

Os corpos de oito pessoas foram encontrados no local do acidente, segundo a agência Ria Novosti. Equipes de resgate estão no local. “Havia dez pessoas a bordo, três delas eram tripulantes. Segundo informações preliminares, todos a bordo morreram”, diz uma nota do ministério de Situações de Emergência publicada pela agência.

A Agência Federal de Transporte Aéreo confirmou que o nome completo do líder do Wagner aparece na lista de passageiros. O jornalista Andrey Zakharov confirmou que Prigojin realmente voou da África para a Rússia e todo a cadeira de comando do grupo Wagner estava com ele. “Será um milagre se ele estiver noutro avião”, dizem as fontes de Zakharov.

Na segunda-feira, Prigojin publicou o primeiro vídeo desde o motim fracassado contra a alta cúpula de Defesa russa, em junho. O líder dos mercenários sugere, nas imagens publicadas no Telegram por canais de apoiadores, que estaria no continente africano. Em julho, ele chegou a aparecer em um outro vídeo, em que cumprimentava seus soldados na Bielorrússia onde muitos se exilaram desde a tentativa de rebelião.

Durante anos, Prigojin fez trabalho clandestino para o Kremlin, enviando mercenários de seu grupo privado para conflitos em zonas de interesse russo no Oriente Médio e na África, sempre negando qualquer envolvimento. Recentemente, combatentes do grupo foram vistos no Mali e na República Centro-Africana e receberam apoio no Níger, que sofreu um golpe de Estado por militares pró-Moscou no mês passado. O Grupo Wagner, exército privado de mercenários que luta a favor da Rússia na atual guerra com a Ucrânia, foi fundado em 2014. Inicialmente, era formado por ex-soldados de elite altamente qualificados cujo líder é o oligarca Yevgeny Prigojin, ligado ao Kremlin. Em junho, no entanto, após vários alertas de que o Exército russo não estaria fornecendo armas suficientes para seus mercenários, Progojin liderou uma rebelião contra o Kremlin. Segundo o líder paramilitar, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, havia ordenado o bombardeio contra posições do grupo na Ucrânia.

(Foto: Michael Metzel/TASS)

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