Juros futuros caem com defesa de Lula a Haddad e equilíbrio fiscal

Após a disparada da véspera, as taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam a quinta-feira (13) em queda firme, com o mercado reagindo bem às falas de autoridades sobre o equilíbrio fiscal e com parte dos investidores se reposicionando na renda fixa.

O viés vindo do exterior também era baixista após a divulgação de dados da economia norte-americana.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2025 – que reflete a política monetária no curtíssimo prazo – estava em 10,65%, ante 10,718% do ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 11,235%, ante 11,323% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,59%, ante 11,706%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2029 estava em 12,025%, ante 11,126%, e o contrato para janeiro de 2033 marcava 12,23%, ante 12,308%.

Em viagem à Suíça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após ruídos nos últimos dias dando conta de que ele estaria enfraquecido no governo.

Segundo Lula, Haddad se esforçou para encontrar uma alternativa de compensação para a desoneração de 17 setores da economia e municípios de pequeno porte – a MP do PIS/Cofins, devolvida ao Executivo pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Agora você tem uma decisão da Suprema Corte que vai acontecer. Se em 45 dias não houver um acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração – que era o que eu queria, por isso que eu vetei naquela época”, lembrou Lula.

“Então agora a bola não está mais na mão do Haddad; a bola está na mão do Senado e na mão dos empresários.”

Por sua vez, Haddad afirmou no Brasil que o ministério vai auxiliar o Senado na análise de medidas para compensar a desoneração da folha, mencionando que propostas serão discutidas na próxima semana.

“Todas as propostas dos senadores serão processadas por nós para encaminharmos a análise de impacto de cada uma delas”, disse.

Haddad também afirmou que a equipe econômica intensificou o trabalho relacionado à revisão de gastos públicos com foco no fechamento do Orçamento de 2025.

Para completar, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a alta recente do dólar é “momentânea” e que o governo tem confiança de que as cotações irão cair.

“Nós temos absoluta confiança que o dólar vai cair, isso é uma coisa momentânea”, disse.

Alckmin pontuou ainda que o governo tem compromisso com o equilíbrio fiscal e o controle da inflação. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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