A Força Aérea de Israel efetuou um bombardeio no Irã. Nos meios digitais, internautas compartilharam relatos sobre barulhos de explosões em Teerã.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou a implementação de um estado de emergência no país e revelou que o espaço aéreo israelense foi encerrado como precaução contra possíveis ataques de retaliação.
Segundo informações do site Axios, os Estados Unidos não participaram da operação.
A ofensiva ocorre em um contexto de intensificação das disputas entre as duas nações e do avanço do projeto nuclear do Irã.
De acordo com um representante das Forças de Defesa de Israel, o Irã dispõe de urânio suficiente para fabricar 15 cabeças nucleares em poucos dias, e o governo iraniano encontra-se em uma fase avançada de um programa nuclear clandestino com o objetivo de criar uma bomba.
Os ataques realizados nesta noite visam “vários” alvos espalhados pelo Irã, conforme informações de Tel Aviv.
De acordo com os israelenses, o desenvolvimento do programa nuclear no Irã representa um risco para a sobrevivência de Israel.
As autoridades do Irã interromperam todos os voos que saem ou chegam ao aeroporto de Teerã. De acordo com a Reuters, o governo iraniano está realizando uma reunião de emergência logo após o ataque.
Sentimento de desânimo
Na quarta-feira, os EUA iniciaram o processo de desocupação de suas embaixadas no Oriente Médio em decorrência do perigo de que confrontos entre as duas nações provocassem turbulências na área.
No mês de abril, segundo o jornal “The New York Times”, o presidente Donald Trump manifestou sua discordância em relação aos projetos de Israel de atacar instalações nucleares iranianas. Naquele momento, Trump destacou que qualquer intervenção militar prejudicaria as conversas para um pacto nuclear entre as nações.
Recentemente, o presidente expressou um sentimento de desânimo em relação ao pacto. Em entrevista ao “New York Post”, ele comentou que sua confiança na conclusão de um acordo diminuiu consideravelmente.
Trump havia sugerido anteriormente que poderia lançar uma ofensiva contra o Irã se as conversações não tivessem sucesso. Em abril, o presidente declarou que Israel poderia ser o responsável pelos bombardeios, com o apoio dos Estados Unidos. No entanto, a administração americana está preocupada que o governo de Israel possa realizar um ataque sem a autorização dos EUA.
Enriquecimento de materiais nucleares
Nesta quinta-feira, o Irã declarou que havia desenvolvido e planejava colocar em operação uma terceira unidade para o enriquecimento de materiais nucleares, o que elevaria consideravelmente sua capacidade de produção de urânio enriquecido, desafiando as exigências dos Estados Unidos e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A AIEA, uma entidade vinculada à ONU, criticou a nação por não atender às suas obrigações relacionadas à não proliferação, que visam barrar a criação de armas nucleares globalmente, especialmente com o receio de um possível ataque de Israel ao Irã. (Foto: Reuters)
Por Opinião em Pauta com informações da Reuters e G1