Em 2024, o Brasil registrou 9,1 milhões de indivíduos com 15 anos ou mais que não sabiam ler e escrever, resultando em uma taxa de analfabetismo de 5,3%, a mais baixa desde o início da série histórica em 2016.
Esse índice despencou de 6,7% em 2016 para 5,3% em 2024. Comparado a 2023, houve uma diminuição de 0,1 ponto percentual (5,4%), o que equivale a cerca de 197 mil pessoas a menos que não sabiam ler e escrever no país durante esse período. Esses dados são do módulo anual da PNAD Contínua sobre Educação, que foi divulgado hoje pelo IBGE.
A região Nordeste abrigava 55,6% (equivalente a 5,1 milhões) da população analfabeta do Brasil, enquanto o Sudeste ocupava o segundo lugar, com 22,5% (ou 2,1 milhões de indivíduos).
No ano de 2024, o Brasil contava com 5,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais que eram analfabetas, resultando em uma taxa de 14,9% para essa faixa etária. Nas faixas etárias mais jovens, as porcentagens apresentavam uma redução gradual: 9,1% para indivíduos com 40 anos ou mais, 6,3% para aqueles com 25 anos ou mais e 5,3% na população de 15 anos ou mais.
- Em 2024, o Brasil contava com 9,1 milhões de indivíduos com 15 anos ou mais que eram analfabetos, o que representava uma taxa de analfabetismo de 5,3%, a mais baixa desde o início da série histórica em 2016. Essa taxa caiu de 6,7% em 2016 para 5,4% em 2023 e, finalmente, 5,3% em 2024.
- Em 2024, a porcentagem de indivíduos com 25 anos ou mais que concluíram a educação básica obrigatória (pelo menos o ensino médio) atingiu 56,0%, o que representa o maior valor desde o início da série em 2016, que era de 46,2%. Durante o mesmo intervalo, a proporção de pessoas com diploma de nível superior aumentou de 19,7% para 20,5%, alcançando o seu pico histórico.
- Em 2024, a quantidade média de anos de escolaridade das pessoas com 25 anos ou mais no Brasil alcançou 10,1 anos, marcando o maior índice já registrado. No ano anterior, essa média era de 9,9 anos, enquanto em 2016, era de apenas 9,1 anos.
- A média de anos de escolaridade entre as mulheres (10,3 anos) permanece acima da dos homens (9,9 anos). Indivíduos brancos atingiram 11,0 anos de ensino, enquanto aqueles de pele preta ou parda alcançaram 9,4 anos.
- Entre os jovens com idades entre 6 e 14 anos, 99,5% estão matriculados na escola, um índice semelhante ao de 2016, que era de 99,2%, alcançando quase a universalização. Por outro lado, entre os adolescentes de 15 a 17 anos, apenas 93,4% estão na escola, percentual que está abaixo do que é estipulado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
- Em 2024, 94,5% das crianças entre 6 e 14 anos estavam matriculadas no ensino fundamental, que é a fase educativa adequada para essa idade. Esse percentual representa a menor taxa já registrada, apresentando um pequeno declínio em relação a 2023 (94,6%) e ficou abaixo da meta estabelecida de 95,0% no Plano Nacional de Educação (PNE).
- No Brasil, em 2024, 8,7 milhões de jovens com idades entre 14 e 29 anos não tinham finalizado o ensino médio, seja por terem deixado a escola antes de terminar essa fase ou por não terem se matriculado nela. Em 2023, esse número era de 9,3 milhões, e em 2019, chegou a 11,4 milhões.
- No ano de 2024, 18,5% dos indivíduos com idades entre 15 e 29 anos no Brasil não estavam empregados, nem se dedicavam a estudos ou capacitação. Em 2023, essa taxa era de 19,8%, enquanto em 2019 alcançava 22,4%.
- Em 2024, entre os cidadãos do país que ao menos participaram de um curso de ensino superior (independentemente de ter concluído ou não), 72,6% haviam feito o ensino médio exclusivamente em instituições públicas. No grupo que pelo menos se envolveu em cursos de especialização, mestrado ou doutorado, esse percentual era de 59,3%, indicando que completaram o ensino médio totalmente em escolas públicas. ( Foto: Alba Rosa/AE)
Por Opinião em Pauta com dados do IBGE