Importantes decisões tomadas pela nova presidente da Petrobras antes de assumir o cargo

A jornalista Malu Gaspar, de O Globo, informa   que a presidente da Petrobrás,  Magda Chambriard, se manteve discreta desde que foi indicada por Lula para a presidência da Petrobras e quase não falou na reunião de conselho da última sexta-feira (24), quando tomou posse. Mas não ficou parada.

“Desde que sua indicação foi formalizada, a executiva passou a despachar na sede da empresa, onde já começou a pedir estudos e informações aos subordinados e até a participar de algumas reuniões”, diz a jornalista em seu blog.

As providências que Magda Chambriard já tomou, continua a jornalista,  ajudam a entender suas prioridades. Um dos primeiros temas sobre o qual Magda pediu para ser atualizada foi o imbróglio da Unigel, fábrica de fertilizantes que tenta fechar com a Petrobras um contrato já classificado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como prejudicial às finanças da empresa.

Técnicos do TCU estimam que o contrato para que a petroleira forneça o gás e os insumos à Unigel e seja remunerada apenas pelo resultado do negócio pode provocar um rombo de até R$ 500 milhões. Mesmo assim, a gestão de Jean Paul Prates vinha insistindo em fechar o contrato, no qual o ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem bastante interesse.

A nova presidente da Petrobras já teve reuniões com técnicos sobre o caso e também requisitou material a respeito.

O setor de fertilizantes, aliás, é caro tanto a Rui Costa quanto à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que querem ver a Petrobras reativar outras fábricas das quais ela abriu mão durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. O pleito de Gleisi, porém, é para que a empresa retome as operações da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN), que tem uma unidade no Paraná, além de Bahia e Sergipe.

 

Refinarias

Magda também já fez reuniões para se inteirar de outros dois assuntos que prometeu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratar com urgência – as obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em Itaboraí (RJ), e ainda a retomada da indústria naval por meio de encomendas da companhia.

A nova CEO também já participou de reuniões sobre a criação de uma subsidiária da Petrobras na China – projeto que era bastante caro a Prates, e em que a substituta parece interessada em continuar. O assunto está pendente de deliberação no conselho da companhia, conclui a colunista de O Globo. (WILTON JUNIOR/ESTADÃO.)

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