Ícone da música brasileira, Sergio Mendes morre aos 83 anos nos EUA

Artista ganhou reconhecimento global e inúmeros prêmios ao longo da vida por contribuição ao jazz. Causa da morte não foi confirmada

 

O pianista e compositor Sergio Mendes, ícone da música brasileira, morreu nesta quinta-feira (5), aos 83 anos. Em uma publicação nas redes sociais, Rodrigo Mendes, filho do músico, respondeu mensagens de condolências enviadas por seguidores. A informação também foi divulgada pelo TMZ na manhã desta sexta-feira (6).

O músico americano Herb Alpert, amigo de Mendes, publicou nesta manhã uma homenagem nas redes sociais e afirmou que o pianista faleceu “tranquilo e pacificamente” em Los Angeles, na Califórnia. Segundo Alpert, Mendes enfrentava problemas de saúde nos últimos meses por conta dos efeitos de longo prazo da Covid-19.

Com quase seis décadas de carreira, Sérgio Mendes se destacou como um dos principais expoentes do samba-jazz, deixando uma marca indelével na música mundial. Conhecido pela sua habilidade em misturar ritmos e colaborar com grandes nomes do jazz, o artista ganhou reconhecimento global com sua banda Brasil ’66 e inúmeros prêmios ao longo da carreira.

Conhecido por sua versão de “Mas Que Nada”, originalmente composta por Jorge Bem, Mendes trabalhou ao lado de ícones do jazz como Herb Alpert e Cannonball Adderley, solidificando sua posição no cenário musical internacional. Ele foi laureado com um Grammy, dois Grammys Latinos e teve uma indicação ao Oscar em 2012 pela música “Real in Rio”, do filme “Rio” (2011).

Informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas. Mendes deixa a esposa, a cantora Gracinha Leporace, e cinco filhos.

 

Samba-jazz

Sérgio Mendes começou a carreira como pianista clássico antes de descobrir sua paixão pelo jazz e pela bossa nova. Essa transição foi crucial para o desenvolvimento de seu estilo único, que combinava elementos do samba brasileiro com o jazz americano, resultando no que hoje conhecemos como samba-jazz.

O álbum “Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brasil ’66” de 1966 foi um marco, ganhando disco de platina e apresentando o mundo à música “Mas Que Nada”. Essa canção, um dos maiores sucessos de Mendes, foi regravada com o Black Eyed Peas em 2006, mostrando a sua capacidade de se reinventar e alcançar novas audiências.

 

Popularização

A popularização da bossa nova deve muito ao talento e à inovação de Sérgio Mendes. Sua banda, Brasil ’66, foi fundamental para levar os ritmos brasileiros ao público internacional, tornando-se símbolo de um movimento musical que cativou milhões.

  • Início Clássico: Mendes começou na música clássica, o que lhe deu uma forte base técnica.
  • Parcerias Internacionalmente Renomadas: Colaborações com artistas como Herb Alpert impulsionaram sua carreira no exterior.
  • Sucessos Duradouros: Canções como “Mas Que Nada” continuam a ser regravadas e apreciadas até hoje.

Em 2020, o documentário “Sérgio Mendes: Na Chave da Alegria” foi lançado, destacando a incrível jornada do artista. Ele não apenas conseguiu mesclar diferentes gêneros musicais de maneira harmoniosa, mas também influenciou inúmeras gerações de músicos e fãs.

O reconhecimento pelo Grammy, Grammys Latinos e uma indicação ao Oscar são apenas uma parte de seu legado. A verdadeira marca de Mendes está na alegria e na sofisticação que ele trouxe à música, inspirando pessoas ao redor do mundo.

 

Prêmios

  • Grammy Award: Reconhecimento máximo na música, conquistado por Mendes.
  • Dois Grammys Latinos: Celebrando sua contribuição à música latino-americana.
  • Indicação ao Oscar: Na categoria de Melhor Canção Original por “Real in Rio”.

 

(Foto: Robyn BECK / AFP)

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