IBGE: Desemprego recua em 15 unidades da federação no segundo trimestre de 2024

Nas outras 12 unidades da federação, a taxa se manteve estável. No Brasil, taxa recuou a 6,9% e voltou ao menor patamar da série para período de abril a junho

 

A taxa de desemprego recuou significativamente em 15 das 27 unidades da federação no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre. Nos demais locais, a taxa ficou estável. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A maior queda foi observada na Bahia (-2,9 pontos percentuais), já que o estado passou de uma taxa de desocupação de 14% no primeiro trimestre para 11,1% no segundo trimestre. Apesar disso, o mercado de trabalho baiano apresenta o segundo maior índice do país, ficando atrás apenas de Pernambuco (11,5%).

O Distrito Federal fecha o ranking das maiores taxas de desocupação do País no último trimestre, com margem de 9,7% de desempregados. Já as menores, foram anotadas em Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).

A média da taxa de desemprego no país caiu 1 ponto percentual, passando de 7,9% para 6,9% no período, conforme divulgado no fim de julho. Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, “a queda da taxa de desocupação em nível nacional no segundo trimestre de 2024 também foi observada regionalmente, com 15 unidades da federal registrando queda significativa desse indicador, sendo os destaques Piauí e Bahia, onde a retração foi superior a dois pontos percentuais”.

“Vale ressaltar que nos estados onde a queda não foi estatisticamente significativa, o panorama foi de estabilidade. Dessa forma, nenhum estado apresentou aumento da taxa de desocupação na comparação com o primeiro trimestre de 2024”, disse.

Além da Bahia, outros nove estados tiveram queda acima da média nacional: Piauí (-2,4 pontos percentuais, ao passar de 10% para 7,6%), Amazonas (-1,9 ponto percentual, ao passar de 9,8% para 7,9%), Alagoas (-1,8 ponto percentual, ao passar de 9,9% para 8,1%), Tocantins (-1,7 ponto percentual, ao passar de 6% para 4,3%), Acre (-1,7 ponto percentual, ao passar de 8,9% para 7,2%), Espírito Santo (-1,4 ponto percentual, ao passar de 5,9% para 4,5%), Maranhão (-1,1 ponto percentual, ao passar de 8,4% para 7,3%), Ceará (-1,1 ponto percentual, ao passar de 8,6% para 7,5%) e Pará (-1,1 ponto percentual, ao passar de 8,5% para 7,4%).

Minas Gerais e São Paulo tiveram a mesma queda da média nacional, sendo que o primeiro recuou de 6,3% para 5,3% e o segundo, de 7,4% para 6,4%. Com quedas menos intensas do que a média nacional, aparecem Goiás (-0,9 ponto percentual, ao passar de 6,1% para 5,2%), Rio de Janeiro (-0,7 ponto percentual, ao passar de 10,3% para 9,6%) e Santa Catarina (-0,6 ponto percentual, ao passar de 3,8% para 3,2%). Este último estado apresentou a taxa mais baixa entre todas as unidades da federação.

Mato Grosso e Rondônia mantiveram-se estáveis e com taxas semelhantes a Santa Catarina (3,3%). Ainda na casa dos 3 pontos, aparece Mato Grosso do Sul, com 3,8%. Além desses, apresentaram estabilidade na taxa de desocupação, Paraná (4,4%), Rio Grande do Sul (5,9%), Roraima (7,1%), Paraíba (8,6%), Amapá (9%), Sergipe (9,1%), Rio Grande do Norte (9,1%), Distrito Federal (9,7%) e Pernambuco (11,5%).

Tradicionalmente, o desemprego costuma cair no segundo trimestre, após alta no início do ano. Esse movimento, conforme analistas, também reflete o desempenho positivo de outros indicadores macroeconômicos e a volta de atividades presenciais após a pandemia.

 

Rendimento cresce no Sul e no Nordeste

O rendimento médio real da população ocupada cresceu nas regiões Sul (R$ 3.528) e Nordeste (R$ 2.238) no segundo trimestre de 2024, frente ao trimestre anterior, com estabilidade nas demais. Já em relação ao mesmo trimestre de 2023, o rendimento médio cresceu no Sul, Nordeste e Sudeste (R$ 3.627), com estabilidade no Norte (R$ 2.508) e Centro-Oeste (R$ 3.641).

Estimada em R$ 322,6 bilhões, a massa de rendimento médio real de todos os trabalhos do país cresceu nas duas comparações: frente ao trimestre anterior (R$ 311,8 bilhões) e também ao 2º trimestre de 2023 (R$ 295,4 bilhões).

Em relação ao 1º trimestre de 2024, a massa de rendimento cresceu em todas as grandes regiões, exceto no Centro-Oeste, que apresentou estabilidade. Entre as cinco grandes regiões do país, o Sudeste tinha a maior massa de rendimento real (R$ 165,0 bilhões) no 2º trimestre de 2024.

 

 

Mais mulheres desempregadas

A taxa de desocupação por sexo foi de 5,6% para os homens e 8,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,5%) foi maior que as dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,1%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,6%).

(Foto: Agencia Brasil)

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