Homem é preso suspeito de estuprar netas da ex-mulher; vítimas tinham 6 e 8 anos

Belo Horizonte – Um homem de 54 anos foi preso suspeito de estuprar as netas da ex-mulher, em Belo Horizonte. Na época dos crimes, as vítimas tinham 6 e 8 anos de idade.

Segundo a Polícia Civil, as denúncias contra ele foram registradas em 2019, cinco anos após os abusos, porque as crianças tinham medo.

“Somente em 2019 tiveram coragem de denunciar. Elas tiveram conhecimento de que esse homem tinha uma doença contagiosa grave, e ele transmitiu essa doença para a avó materna. Uma dessas vítimas ficou com muito medo [de ter sido infectada], se encorajou e fez o relato para a mãe. Depois, ela encorajou a prima”, explicou a delegada Thalita Caldeira, da Delegacia Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, sem informar a doença citada.

As investigações identificaram que as crianças foram vítimas de abuso em diferentes situações, sempre na casa da avó materna, que era casada com o suspeito, no bairro Esperança, na Região do Barreiro.

O mandado de prisão foi expedido pela Justiça em dezembro de 2023, e o homem estava foragido desde então. Nesta terça-feira (16), ele foi encontrado no bairro Olhos D’Água, na Região Oeste de Belo Horizonte.

A delegada Thalita Caldeira, da Polícia Civil de Minas Gerais, destacou que muitas crianças e adolescentes vítimas de abuso têm medo de revelar e, por isso, os pais devem ficar atentos a mudanças de comportamento dos filhos.

“Muitas crianças, especialmente, e adolescentes têm dificuldade de verbalizar as situações de abuso que vivenciam e vão simplesmente se comunicar, às vezes, através de sinais. Então, a família precisa sempre estar atenta a esses sinais”, afirmou.

 

Operação

A Polícia Civil também realizou uma operação, nesta quarta-feira (17), para o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços de suspeitos de violência contra três adolescentes, de 16 e 17 anos.

De acordo com a delegada Renata Ribeiro, responsável pela Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, uma das vítimas foi ameaçada com arma de fogo pelo namorado, e as outras duas receberam ameaças de divulgação de imagens íntimas.

“Essas adolescentes registraram imagens íntimas, e esses namorados utilizam o que a gente chama de pornografia de revanche, que é quando terminam o relacionamento e ameaçam divulgar essas imagens. Eles incorrem também no crime de armazenamento ou compartilhamento de imagens de pornografia infanto-juvenil”, disse a delegada.

Um telefone celular, de um dos alvos, foi apreendido e será periciado pela polícia.

“Qual o recado que a gente precisa dar aos pais e responsáveis? Para que acompanhem os relacionamentos das suas filhas e dos seus filhos. Violência doméstica e familiar não é violência física apenas, então, que os pais e os representantes legais fiquem atentos, porque o abuso pode acontecer de forma psicológica, física, moral, financeira”, ressaltou a delegada Carolina Bechelany, chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família. (Foto: PCMG/ Divulgação)

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