Governador quer pesquisa para exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu hoje que o Ibama autorize a Petrobras a realizar pesquisas para exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

O governador disse que tem tratado do assunto diretamente com o presidente Lula (PT). Segundo ele, o petista falou que fará uma mediação do assunto entre Petrobras e os órgãos ambientais.

Um parecer interno do Ibama recomendou que o órgão negue a licença ambiental para que a estatal explore petróleo na Foz do Amazonas. O local fica no limite dos estados do Pará e Amapá.

A decisão final sobre o assunto caberá ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. Helder declarou que a França explora petróleo na mesma bacia há dez anos.

O governador disse que não é possível admitir que o Brasil perca essa oportunidade.

 

Entre pesquisa e ideologia

Barbalho disse que o Pará lançará leilões de concessões de áreas florestais. Isso deve acontecer no segundo semestre e envolverá 4 milhões de hectares de áreas de floresta pública para concessão privada.

O governador participou de um seminário do grupo Esfera Brasil ao lado do vice-presidente executivo da Vale, Alexandre D’Ambrosio, em São Paulo

 

O que disse o governador

“Defendo que o Ibama permita que a Petrobras possa pesquisar e, a partir daí, estabeleça os critérios ambientalmente corretos, qual metodologia e mecanismo que pode ser feita a exploração com o menor impacto possível e, consequentemente, permitir que essa oportunidade possa surgir”, disse.

E continuou:

“Posso admitir que a França explore petróleo nessa mesma bacia há dez anos e o Brasil não se permita a pesquisar a oportunidade para que uma empresa da dimensão da Petrobras faça o mesmo? Entre pesquisa e ideologia, fico com a pesquisa”.

Finalizando, o governador paraense destacou:

“Apesar de que, em tese, possa ser contraditório dizer que o Brasil vai avançar na exploração de combustíveis fósseis no momento em que se discutem energias renováveis, o Brasil vai abrir mão disso pelas próximas décadas? Talvez é uma discussão que a gente possa fazer daqui a 50 anos, mas nesse momento o Brasil tem condição de abrir mão de uma oportunidade de exploração sustentável de combustível fóssil? Entendo que é uma discussão que deve ser aprofundada”.  (Foto: Iara Morselli/Divulgação)

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