Ao lado do presidente eleito do Brasil Luiz Inácio da Silva, o governador do Pará, Helder Barbalho, foi o governante da região Amazônica protagonista de palestras e debates na COP 27, ocorrida no Egito, destacadas pela imprensa internacional.
Reeleito com mais de 70% dos votos para governar o estado por mais quatro anos, Helder demonstrou todo o seu conhecimento da problemática da região e defendeu, com vigor, suas propostas de sustentabilidade.
O protagonismo de Helder foi registrado com ênfase pelos órgãos de imprensa de todo o mundo em situações distintas.
Além de ter convidado o presidente eleito do Brasil, Lula, para fazer parte da comitiva do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que foi ao Egito – formado pelos estados Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Rondônia, Roraima e Tocantins -, Barbalho lançou o Plano de Bioeconomia do Estado do Pará, inédito no País
Paralelamente, o governador firmou importantes parcerias para receber investimentos internacionais, e conseguiu colocar o Pará como unidade da Federação favorita para sediar a futura COP (Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas).
O pedido de Lula junto a ONU para que a próxima COP seja realizada no Brasil , foi solicitação de Helder ao presidente eleito.
O líder político paraense soube capitalizar cada ação articulada em solo egípcio, fomentando discussões sobre a importância da Amazônia para o mundo, e recolocando a região no cenário dos debates internacionais.
Em um dos trechos de um discurso, disse Helder:
“Compreendo que esse foi um momento estratégico e fundamental para assegurarmos que a Amazônia brasileira retornasse ao centro das discussões. Reforçamos que os Estados brasileiros compreendem seu papel de assegurar o seu compromisso com a agenda ambiental e climática, mas tendo como ponto central o olhar pelas pessoas que moram na nossa região garantindo a floresta em pé e assegurar um modelo de desenvolvimento econômico sustentável. Por isso, debatemos temas como financiamento climático, bioeconomia para assegurar que a biodiversidade da floresta amazônica seja um ativo para gerar oportunidades de emprego e renda”.
Na mosca.
Floresta em pé com desenvolvimento social
O alvo de Barbalho foi a preservação, sim, da floresta, mas com benefícios diretos às comunidades que dela dependem para sobrevivência.
A monetização da floresta em pé faz parte das estratégias defendidas pelo governador paraense visando o tão sonhado desenvolvimento sustentável.
Com o governo Lula que se inicia em 1º de janeiro, Helder Barbalho certamente aprofundará as articulações em torno do projeto, defendido pelos governadores da Amazônia, para haver ressarcimento de 1 bilhão de dólares por redução da emissão de gases de efeito estufa.
Como o próprio governador tem falado em suas defesas do projeto de monetização da floresta em pé, a consolidação do fundo bilionário envolve os governos do Reino Unido, americano, norueguês, além de outros países, mas que até o momento não foi possível validá-lo por desinteresse do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, na gestão Bolsonaro.
Provavelmente, pelo protagonismo destacado em sua participação na COP 27, Helder Barbalho passará a ser ouvido pelas principais autoridades internacionais quando o tema for preservação da Amazônia, considerando a atuação firme e de profundo conhecimento que ele revelou na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas.
Lealdade política
As imagens produzidas pela imprensa durante a COP 27 revelaram a aproximação diária do presidente eleito Lula, acompanhado da esposa Janja, quase sempre ao lado de Helder Barbalho, também tendo a mulher Daniela Barbalho nas peregrinações pelos estandes do evento.
A proximidade dos dois foi fortalecida durante a campanha eleitoral.
Helder Barbalho foi o único governador da Amazônia que apoiou Lula -, e até por isso sai na frente para se cacifar como interlocutor privilegiado do presidente quando se tratar de assuntos da Amazônia.
Nem bem terminava a apuração do primeiro turno, o governador do Pará se manifestou em sua rede social dizendo que iria trabalhar incansavelmente pela vitória de Lula, no segundo turno.
E, realmente, Helder se empenhou na disputa como se fosse a sua própria campanha, percorrendo o Estado à cata de votos para o presidente eleito.
Embora não precisasse mais pedir votos para si, já que venceu a eleição em primeiro turno para governar de novo o Pará, Barbalho atuou dia e noite, fazendo uma campanha incessante.
Ao final da apuração, o governador paraense deu vitória a Lula, contra Bolsonaro.
Foto: Créditos: Ricardo Stuckert
