Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que os custos dos alimentos no Brasil devem se estabilizar ao longo deste ano, embora em um nível alto, devido à colheita esperada para 2025 e à situação do câmbio.
“Estamos prevendo que, neste ano, devido à excelente safra que está por vir… e com o dólar se estabilizando em níveis mais baixos… os preços dos alimentos devem se ajustar, mesmo que ainda em um nível elevado”, declarou o ministro durante uma entrevista no programa É Notícia!, da RedeTV!.
Haddad também comentou que a taxa Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano, já se encontra em um nível elevado e advertiu que “todo tratamento requer a dosagem apropriada“, referindo-se à importância de juros mais altos para conter a inflação.
Haddad declarou que existe a possibilidade de um crescimento de 2,5% em 2025, acompanhada pela diminuição da inflação. Ele destacou que esse índice, se validado, indicará uma desaceleração em comparação aos 3,5% projetados para 2024. “Nosso objetivo é continuar buscando um crescimento econômico sustentado, enquanto trabalhamos para que a inflação retorne aos níveis previstos”, disse.
Haddad também levantou dúvidas sobre os possíveis benefícios que os Estados Unidos poderiam obter ao implementar tarifas de importação mais elevadas. Segundo ele, se os EUA decidirem tributar os países dos quais mais compram, isso pode, na verdade, beneficiar o Brasil.
“Estamos sendo contatados por investidores que planejavam construir instalações nos Estados Unidos e agora estão interessados em realizá-las aqui”, disse Haddad. (Foto: Reprodução)