Ministro da Fazenda deve ser reunir com presidente Lula nesta quarta (3) para tratar sobre assuntos econômicos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta segunda-feira (1º) que o dólar está alto e uns dos fatores para o aumento do preço da moeda norte-americana foram os “muito ruídos” e que “o governo precisa se comunicar melhor”. O valor está em R$ 5,65.
Ao ser questionado se o dólar está alto, o ministro respondeu: “Está. Apesar da desvalorização [de outras moedas em relação ao dólar] que tem acontecido no mundo todo de uma maneira geral, aqui foi maior do que nossos pares, Colômbia, Chile, México”, afirmou.
“[o governo] Precisa comunicar melhor os resultados econômicos que o país está atingindo. Tive mais uma confirmação sobre atividade econômica e arrecadação de junho. Estamos no sexto mês de boas notícias na atividade econômica e na arrecadação”, disse o ministro. O governo somou R$ 202,9 bilhões em arrecadação federal em maio. O valor foi um recorde para o mês desde o início da série histórica (iniciada em 1995), segundo balanço da Receita Federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que representantes do governo federal vão buscar um próximo presidente do Banco Central que “olhe para o país do jeito que ele é”, e não “do jeito que o sistema financeiro fala”. Políticos aliados do petista cobram de Roberto Campos Neto, do atual dirigente do BC, mais velocidade na redução da taxa de juros, atualmente em 10,50%.
Em decisão no mês passado, o Comitê de Política Monetária, ligado ao BC, manteve o mesmo percentual. Em maio, o Copom havia diminuído de 10,75% para 10,50% a taxa da Selic, baixa de 0,25 ponto percentual. No começo das quedas dos percentuais, em agosto de 2023, a Selic estava em 13,75% ao ano. Desde então, o comitê vinha reduzindo no mesmo ritmo: 0,5 ponto percentual a cada encontro.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)