Guajajara afasta rumores de crise e diz que Lula reafirmou compromisso com indígenas

Após participar de reunião com Lula, a ministra dos Povos Indígenas afirmou que o governo reafirmou o compromisso com indígenas e com a pauta ambiental

 

 

A ministra dos Povos Indígenas (MPI), Sonia Guajajara, se pronunciou no início da noite desta sexta-feira (26) sobre a reunião no Palácio do Planalto sobre a crise que se estabeleceu em sua pasta e no Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMAMC) após o avanço no Congresso Nacional da Medida Provisória (MP 1158) da Estruturação da Esplanada. Segundo ela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu garantia de que as mudanças na MP não atrapalharão a agenda ambiental.

Guajajara não participou da coletiva no final do encontro, o que levantou a suspeita de alguma insatisfação. Mas ela reiterou a explicação dada pelos ministros de que a sua ausência era devido a um compromisso de agenda. Sonia disse que a reunião reafirmou o “compromisso de amparo aos povos indígenas”. Com isso, os diálogos seguirão sendo realizados. “A reunião de hoje com o presidente Lula e colegas ministros foi fundamental para reafirmar nosso compromisso de amparo aos povos indígenas. Garantiremos uma pauta ambiental sólida. Seguiremos fazendo todos os diálogos possíveis para a manutenção dos direitos indígenas”, afirmou nas suas redes sociais.

A declaração veio dois dias após a ministra dizer em entrevista à Globonews que havia “certa frustração” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, ela lembrou do compromisso que o chefe do Executivo assumiu em campanha, mas que as pressões da bancada ruralista tem tentando enfraquecer as pautas do seu governo. Na reunião desta sexta-feira, o ministro de Relações Institucionais (SRI) garantiu que ainda que ocorram mudanças na organização da Esplanada, o governo possui “instrumentos” para seguir com a agenda sustentável. Algo veementemente defendido por Lula, inclusive no cenário internacional.

Guajajara lembrou, também na mesma entrevista, que a retirada da atribuição da demarcação de terras indígenas do ministério dela coloca a população novamente em uma situação de “tutela”. “Resgata esse comportamento tutelado sobre os povos indígenas, de não permitir que a gente decida, de não permitir que a gente participe desse rito da demarcação de terras indígenas”, criticou. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 

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