Governo reajusta benefícios de servidores federais

Na lista estão o auxílio-alimentação, auxílio-saúde e assistência pré-escolar

 

O Ministério da Gestão e Inovação assinou na tarde desta quinta-feira (25) o reajuste dos benefícios dos servidores federais. Os servidores públicos terão reajuste de 51,9% no auxílio-alimentação a partir do próximo mês. Com a medida, o benefício passa de R$ 658 para R$ 1 mil. O auxílio-saúde dos servidores, que hoje é de R$ 144,38, será reajustado para cerca de R$ 215 e o auxílio-creche passa de R$ 321 para R$ 484,90.

Os valores foram fechados em acordo hoje entre as entidades representativas dos servidores e o governo federal, por meio da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SRT/MGI). O governo também se comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente.

De acordo com o ministério, o aumento do auxílio-alimentação resulta em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos que ganham até R$ 9 mil mensais. Os servidores com as menores remunerações e que recebem, simultaneamente, os três benefícios (alimentação, saúde e creche) terão aumento de até 23% na remuneração total.

O secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijó, destacou que, em 2023, o governo já havia concedido aumento salarial linear para todos os servidores públicos federais. “Esse acordo, juntamente com o reajuste de 9% que já foi concedido no ano passado, faz com que se inicie um processo de recuperação dos salários que ficaram congelados por tanto tempo”, afirmou o secretário.

Para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o reajuste dos benefícios foi positivo para os servidores, mas a entidade diz que vai continuar reivindicando reajustes entre 7% e 10% nos salários ainda para este ano. “No termo de compromisso, não tem nada garantido sobre reajuste para 2024, mesmo as entidades tendo insistido nessa tecla. Mas não vamos jogar a toalha, porque é uma reivindicação histórica da categoria. Entendemos que a fase de congelamento de salários foi no governo anterior, então o momento é de conseguir recuperar o poder de compra do funcionalismo é agora”, avalia Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef, em entrevista à Agência Brasil. A entidade representa 80% dos servidores do Executivo Federal, entre ativos, aposentados e pensionistas.

Salários

Ministério da Gestão afirma ainda que os salários serão reajustados em parcelas em 2025 e 2026, em parcelas de 4,5%. Para isso, o Executivo já previu o aumento de gastos no ano que vem no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO)enviado ao Congresso Nacional, que prevê um aumento de gastos de R$ 8 bilhões  com pessoal e encargos sociais.

Para os servidores da educação, que estão em greve, o governo apresentou a proposta de reajustar os salários em 9% ainda em 2025. No entanto, a proposta não foi aceita. Na terça-feira (23), o presidente Lula prometeu mais uma vez o reajuste durante um café da manhã com jornalistas, mas ressaltou o limite orçamentário. “(O aumento que virá) nem sempre é tudo que a pessoa pede. Muitas vezes é aquilo que a gente pode dar”, disse.

Além dos servidores da educação diversas categorias têm feito paralisações e greves. Com a “nova tabela”, os benefícios pagos aos servidores terão reajuste médio de 50%.

Confira:

  • auxílio-alimentação passa de R$ 658 para R$ 1.000;
  • assistência pré-escolar passa de R$ 321 para R$ 484,90;
  • assistência à saúde suplementar passa de R$ 144 para R$ 215.

Os recursos para bancar esses reajustes já estão reservados no Orçamento de 2024.

 

(Foto: Agência Brasil)

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