Governo estuda fundo de até R$ 6 bilhões para socorrer aéreas e reduzir preço do QAV

A pedido de Lula, ministro de Portos e Aeroportos anunciou preparativos do fundo para financiar companhias aéreas e baixar preço do querosene. Medida visa aquecer setor com mais passageiros

 

 

O governo federal prepara um fundo para fortalecer a aviação nacional. Por determinação do presidente Lula, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, estuda a criação do fundo com recursos de R$ 4 a R$ 6 bilhões. O valor ficará disponível para as empresas aéreas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pode ser utilizado para refinanciar dívidas, investir em aeronaves e manutenção. Ele disse também que o governo quer reduzir o preço do combustível da aviação (QAV).

As operações seriam realizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Já está em construção com o ministro [Fernando] Haddad, com o presidente do BNDES, [Aloizio] Mercadante. Vamos apresentar ao país um fundo de financiamento da aviação brasileira, para que as empresas aéreas possam buscar crédito, se capitalizar e, com isso, ampliar investimentos na aviação”, afirmou Costa Filho.

Segundo o ministro, a linha inclui do refinanciamento de dívidas aos investimentos em manutenção, passando até pela compra de novas aeronaves, e a previsão é que a proposta completa esteja definida em cerca de 10 dias. A declaração foi dada após reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), e a presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, no Palácio do Planalto.

A disponibilização do fundo visa suprir as dificuldades que as empresas aéreas vem passando desde a pandemia de covid-19. No período, com a redução dos voos, as empresas sofreram forte impacto no caixa. O aumento do custo operacional no período não teve nenhum apoio da presidência de Jair Bolsonaro na época. Em diferentes países em todo o mundo, os governos auxiliaram as companhias a enfrentar o momento.

Agora o governo Lula visa suprir estas dificuldades ao mesmo tempo em que pretende fomentar o setor com ampliação de medidas para levar novamente a população para os aeroportos, como fez nos seus dois primeiros mandatos.

Uma das medidas adotadas será feita em acordo com a Petrobras e visa reduzir o preço do querosene para a aviação. “Fizemos a primeira reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em nome de todo Governo Federal, onde foi discutido o QAV – querosene da aviação -, e na próxima quinta-feira faremos uma nova reunião, para a gente poder avançar na redução do querosene da aviação brasileira. Nós estamos, nesses próximos dias, dialogando com as aéreas e com a Petrobras, nós vamos avançar o diálogo com o presidente Jean-Paul (Petrobras), para que a gente possa, na próxima semana, efetivamente apresentar uma proposta”, explicou Costa.

As medidas complementam o programa já anunciado Voa Brasil – programa de passagens aéreas a R$ 200 destinado a aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni). O programa deve ter início em 5 de fevereiro, de acordo com o ministro. A expectativa é beneficiar cerca de 21 milhões de pessoas e aquecer novamente o setor aéreo.

(Foto: Leonardo Mello)

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