A Polícia Federal está próxima de concluir nova investigação sobre a facada desferida contra Jair Bolsonaro (PL) na campanha eleitoral de 2018. A conclusão deve, novamente, apontar que Adélio Bispo agiu sozinho, reforçando a conclusão anterior da corporação.
As informações são do site Metrópoles.
Segundo a publicação, a novidade é que a nova fase de investigação pode revelar a pressão política exercida do Palácio do Planalto para que investigadores apontassem a existência de ligação entre a tentativa de assassinato com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a reportagem, o portal confirmou o fato com fontes do alto escalão da PF, que apontaram a existência de evidências da tentativa de interferência do governo Bolsonaro nas investigações. A indicação dada ao site é de que o pedido para ligar o fato ao PCC visava ganhos eleitorais.
Gestão bolsonarista
Diante do fato apontado, a corporação teria, inclusive, considerado abrir um procedimento específico para mapear integrantes da direção da PF que agiram para atender ao pedido da gestão bolsonarista.
As cobranças do antigo governo utilizavam o argumento de que em 2021, após o acesso ao telefone celular de um dos advogados que representou Bispo, foi identificado que o profissional também teria atuado para o PCC. A PF foi então pressionada e pediu à Justiça autorização para outras buscas em endereços ligados a Adélio na tentativa de atender aos interesses do ex-capitão.
A requisição não foi autorizada pelo juiz do caso, Bruno Sabino, em razão da desconfiança de utilização do evento para fins eleitorais. Em março deste ano, as buscas foram então autorizadas e, segundo o site, não encontraram qualquer ligação entre Bispo e os demais clientes do advogado.
Por duas vezes, os investigadores concluíram que Adélio teria agido sozinho e sem mandantes, como buscava provar a tese bolsonarista.
A terceira conclusão deve, de acordo com a reportagem, apontar para a mesma conclusão: Adélio Bispo agiu sozinho, sem cúmplices ou mandantes e o atentado contra a vida de Bolsonaro não foi arquitetado ou patrocinado pelo PCC ou outra organização. (Foto: AFP)