Governo apreenderá mais de 6 mil armas de fogo ilegais neste mês

O governo federal inicia, neste mês, uma Operação junto à Polícia Federal para apreender as armas de fogo ilegais. De acordo com o ministro da Justiça, Flavio Dino, há mais de 6 mil armas que não tiveram seu registro renovado até a semana passada.

Dino comentou a Operação em meio à audiência pública no Senado, na tarde desta terça (09), quando rebateu os questionamentos de senadores da oposição, de forma categórica, sendo este o assunto mais comentado da sessão parlamentar.

 

Armas permitidas e as de uso restrito

Durante a audiência, o ministro narrou que o esforço do governo federal, com a portaria publicada em fevereiro, permitiu o recadastramento e que “quase 100% das armas” legais, de uso permitido, estão atualizadas no sistema.

Já as armas de uso restrito, que são aquelas armas de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores (CAC’s), que devem estar acompanhadas de um documento do Comando do Exército para o seu uso.

“6.168 armas de uso restrito não foram recadastradas. Há, por exemplo, fuzis que não foram apresentados às autoridades policiais. Armas em mãos erradas são um caminho para a perpetração de crimes. Tirar armas de quadrilhas e organizações criminosas é um caminho para a paz social”, disse o ministro.

 

Crime organizado

Ao comentar sobre a revogação dos decretos do ex-presidente Jair Bolsonaro, que liberaram e estimularam o porte de armas, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) concordou que as armas de uso restrito acabaram desviadas para o crime organizado.

“O crime organizado usa sobretudo fuzis. Armamento de uso restrito que, é bom lembrar, até 2019, os civis não tinham acesso. Só passou a ter acesso depois das várias intervenções e decretos do então presidente Jair Bolsonaro. De cada seis fuzis, apenas um foi recadastrado. Onde estão os restantes? Estão na mão de quem? Na mão do crime organizado”, disse. (Foto: Jay Rembert via Unsplash)

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