Gonet cita “teatro do golpe” e diz que denúncia tem condição de ser aceita

Na primeira sessão do STF que julga  a denúncia de tentativa de golpe de Estado, ocorrida esta manhã, em Brasília, o  procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou  que a acusação contra os suspeitos de tentativa de golpe de Estado está “pronta para ser acolhida”. Ele está presente, nesta manhã, na reunião da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que está deliberando sobre a aceitação ou não da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Dentre os acusados, encontra-se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-ministros de sua administração, que constituem o que a PGR definiu comogrupo central” na alegada articulação do golpe de Estado.

Durante sua fala, Gonet destacou ações realizadas pelo grupo, referindo-se a elas como “teatro do golpe”. Ele citou o estímulo aos acampamentos que surgiram após as eleições de 2022 e um esquema para assassinar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recentemente eleito presidente, além do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Gonet afirmou que no Planalto está sendo arquitetada a queda dos Poderes e a desestruturação da ordem democrática, em um plano ominoso denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’.”.

A presença do procurador em um julgamento da Corte é rara. Em fevereiro, Gonet apresentou a acusação contra 34 indivíduos no STF, que agora deve decidir se acata ou não a denúncia.

Se o Supremo decidir acolher os pontos levantados por Gonet, os acusados serão transformados em réus e passarão a enfrentar um processo legal. Ao final desse processo, poderão ser inocentados ou recebidos uma condenação, com as sanções determinadas pelos juízes.

Na terça e quarta-feira (26), os integrantes da Primeira Turma analisam as acusações que envolvem oito indivíduos, entre os quais se encontra Bolsonaro. Os mencionados pela acusação foram categorizados em grupos, sendo este primeiro considerado como o “fundamental” na estruturação do golpe de Estado, conforme a denúncia.  (Foto: STF)

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