Glauber Braga é detido ao tentar impedir invasão à UERJ

Deputado federal estava junto dos estudantes na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde uma ocupação acontecia. Policiais do Batalhão de Choque entraram na reitoria para retirar os manifestantes

 

O deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) foi detido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante uma operação na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) na tarde desta sexta-feira (20). O parlamentar encontrava-se junto com estudantes que realizavam uma manifestação na reitoria da unidade educacional. Ele tentou impedir a tropa de choque de entrar no campus para dispersar a ocupação estudantil contra o corte de benefícios universitários. Os policiais usaram spray de pimenta contra Glauber e os manifestantes.

Ao ser questionado pela imprensa, Glauber ressaltou que estava na posição de mediador e que a entrada do Batalhão de Choque da Polícia Militar o conduziu junto com os estudantes que protestavam. “O que está acontecendo é um absurdo completo. Esses estudantes estavam lutando pela garantia de seus direitos, para permancer na universidade. Houve uma proposta dos estudantes que estavam na ocupação de uma abertura de negociação. O que houve de retorno foi bomba”, contou.

“Não dá para naturalizar o que está acontecendo aqui. [Estou conduzido] junto com os estudantes, porque estava tentando mediar uma posição dentro do espaço da ocupação e diálogo com os estudantes”, disse o parlamentar.

Além do congressista, quatro pessoas foram detidas após o Choque entrar na universidade e cumprir a decisão judicial que determinou a desocupação completa dos prédios da UERJ. Manifestantes colocaram fogo em objetos na Avenida Rei Pelé, uma das principais da região, que teve que ser momentaneamente interditada. Agentes lançaram bombas de gás lacrimogênio. Até o momento, não há informações sobre feridos.

A deputada Sâmia Bonfim (PSol-RJ), esposa de Glauber, afirmou que ele está bem, apesar da irritação nos olhos. Ela classificou a detenção como “inconstitucional”. Em nota, o PSol denunciou o uso de “bombas, caveirão e armas menos letais” e ressaltou que o deputado estava na UERJ para “proteção e defesa” dos estudantes.

A Justiça autorizou, nesta sexta-feira, o uso da força policial para retirar os estudantes que continuam ocupando o Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio do campus Maracanã.

(Foto: Reprodução TV Globo)

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