Milton atingiu o território norte-americano apenas duas semanas após outro furacão, o Helene, devastar a Flórida, deixando pelo menos 236 mortos
Pelo menos quatro pessoas morreram em decorrência de dois tornados causados pelo furacão Milton na costa leste da Flórida, informaram as autoridades locais nesta quinta-feira (10). Segundo o governador Ron DeSantis, ainda “é muito cedo” para dizer quantas pessoas morreram como consequência da tempestade.
Em entrevista coletiva nesta manhã, DeSantis disse que 48 pessoas foram resgatadas até agora e as marés atingiram até 3 metros. “Entenderemos melhor a extensão dos estragos ao longo do dia”, pontuou.
Algumas das mortes confirmadas ocorreram em um parque de casas móveis que as autoridades do condado atenderam na quarta-feira, durante uma janela de tempo entre os tornados e a chegada dos ventos do furacão Milton, explicou o porta-voz Erick Gill à “CNN News Central”, mas sem detalhar quantos morreram lá.
Mais cedo, o xerife do no condado de St. Lucie, Keith Pearson, disse à rede americana ABC News que “múltiplas fatalidades” foram registradas no Spanish Lakes Country Club Village, atingido por um tornado provocado pelo Milton antes deste tocar o solo, mas sem detalhar o número de óbitos. Mortes também foram confirmadas em uma comunidade de aposentados na cidade de Fort Pierce.
O furacão Milton deixou mais de 2,8 milhões de casas sem eletricidade e provocou inundações. O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) informo, por volta das 20h30 de quarta-feira (17h30 em Brasília), que Milton havia atingido a costa “perto de Siesta Key, no condado de Sarasota”.
Durante a noite foram registados ventos de até 165 km/h. Na manhã desta quinta-feira o furacão passou da categoria 3 para a 1. Agora, Milton deve se mover em direção ao Oceano Atlântico. Milton atingiu o território norte-americano apenas duas semanas após outro furacão, o Helene, devastar a Flórida e outros estados do sudeste, deixando pelo menos 236 mortos.
Segundo os cientistas, a mudança climática desempenha um papel na rápida intensificação dos furacões, porque as superfícies oceânicas mais quentes liberam mais vapor d’água, o que dá mais energia às tempestades e intensifica os seus ventos.
(Foto: DW/Deutsche Welle)