Funcionários que cometeram racismo contra a porta-bandeira Vilma Nascimento são demitidos

A Dufry afirma ter pedido desculpas pessoalmente a Vilma e sua filha. A lendária porta-bandeira foi submetida a uma abordagem constrangedora e racista enquanto aguardava seu voo no último dia 21 de novembro

 

Os funcionários que realizaram uma abordagem racista à ex-porta-bandeira Vilma Nascimento, foram demitidos pela Dufry Brasil. A baluarte teve que retirar seus pertences da bolsa para provar que não tinha furtado nada da loja do Aeroporto de Brasília, no último dia 21. Rapidamente, uma onda de solidariedade e em repúdio à atitude dos seguranças tomou conta das redes. Em nota, a empresa disse que apurou internamente a situação e decidiu pela demissão dos envolvidos por “quebra dos protocolos da empresa”. A Dufry entendeu que não houve furto, e que Vilma, aos 85 anos, foi acusada injustamente.

“A Dufry repudia veementemente qualquer tipo de discriminação por raça, gênero, orientação sexual, religião, idade ou deficiência”, destaca a empresa. Embora a Dufry Brasil tenha repudiado e demitido os funcionários, ativistas cobram respostas mais efetivas, como a formulação de um plano de capacitação contra ações discriminatórias nas lojas, que são conhecidas por vender produtos com alto valor.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que acionou a estrutura do Ministério da Justiça para que investigue o episódio. “São absurdas e inadmissíveis as acusações racistas feitas por funcionários de uma loja do aeroporto de Brasília à Vilma Nascimento, Baluarte da Portela e lenda viva da cultura negra brasileira”, escreveu a ministra nas redes sociais. A nota da Portela, repudiando o incidente, destaca a importância das instituições culturais na promoção de uma sociedade justa.

(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Compartilhe

Outras matérias

Relacionados

plugins premium WordPress