Foragidos retornam à Penitenciária de Mossoró e ficarão presos em celas separadas

Rogério e Deibson foram presos em Marabá, após 51 dias de busca, quando tentavam fugir para o exterior. Eles retornaram para o presídio federal de Mossoró, que teve a segurança reforçada, e ficarão sob constante monitoramento

 

Os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, recapturados em Marabá, no sudeste do Pará, chegaram ao Rio Grande do Norte na madrugada desta sexta-feira (5). Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento fugiram da prisão usando ferramentas da obra da penitenciária e foram encontrados 51 dias depois. Eles ficarão em celas separadas. O presídio federal teve a segurança reforçada.

“Haverá vistoria diária, os protocolos foram reafirmados e a direção foi trocada. Estamos celebrando uma vitória das forças de segurança em um estado federal, com 27 entes federados e que, em tese, possui 5.600 guardas municipais. De qualquer forma, a operação se deu no âmbito das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que integram não somente as forças federais, mas, também, as forças locais”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Rogério e Deibson foram presos em ação conjunta das Polícias Federal e Rodoviária Federal, em Marabá, quando tentavam fugir para o exterior. Com eles, foram detidas mais quatro pessoas e apreendidos um fuzil e aparelhos celulares. Eles foram recapturados a cerca de 1,6 mil quilômetros de distância do presídio de onde fugiram.

Segundo Lewandowski, toda a movimentação dos criminosos estava sendo acompanhada de perto. “Tínhamos a convicção de que os criminosos se encontravam na região, em um raio de 190 quilômetros, um território muito extenso. Isso nos obrigava a manter uma força de quase 500 homens de diversas forças de segurança, durante o dia e à noite. Tínhamos vestígios da presença deles: restos de alimentação e rastros captados pelos cães farejadores. Ao longo do tempo, perdemos esses rastros, mas a inteligência da Polícia Federal os monitorou permanentemente, o que permitiu que fossem encontrados a 1,6 mil km de distância”, explicou o ministro.

O titular da Secretaria Nacional de Políticas Penitenciárias (Senappen), André Garcia, ressaltou que o sistema penitenciário federal não é mais o mesmo desde 14 de fevereiro, quando Rogério e Deibson fugiram de Mossoró. De acordo com ele, foram tomadas uma série de providências em todas as cinco unidades federais do país. “De lá para cá, trocamos a iluminação, adquirimos câmeras de monitoramento que estão sendo instaladas logo que chegam dos fornecedores. São dez mil câmeras recém-adquiridas. Os procedimentos também foram reforçados. As revistas são diárias em todas as unidades. Os problemas estruturais que foram apontados, já foram corrigidos. Desde o dia do evento, digo que esse fato não será repetido porque há um trabalho que está sendo feito nesse sentido”, disse André Garcia. O secretário também contou que estão sendo construídas muralhas nas cinco unidades federais de segurança máxima do Brasil.

(Foto: TV Globo/Reprodução)

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