Em entrevista agora há pouco (13), ao Estúdio I, da GloboNews, o futuro ministro da Justiça e Segurança Público, o ex-governador Flávio Dino, se pronunciou sobre os atos violentos protagonizados por bolsonaristas na tentativa de invadir a Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília.
Dino foi duro:
“As medidas de responsabilização já adotadas, as que foram adotadas hoje e que serão adotadas irão prosseguir. Não há hipótese de haver passos atrás na garantia da ordem pública em razão da violência. O Estado brasileiro tem o dever de agir”, afirmou.
Na ocasião, o futuro ministro da Justiça ainda destacou que todas as pessoas envolvidas nos atos violentos serão responsabilizadas.
“Ninguém, absolutamente ninguém com atos de violência vai fazer cessar a providência de responsabilização. Isso todos podem ficar tranquilos. Com serenidade, com prudência, com tranquilidade, nos termos da lei. Todas as pessoas serão responsabilizadas“, disse, firme.
Terrorismo no centro do poder
Os atos vândalos tomaram Brasília após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal de Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar a prisão temporária do cacique bolsonarista José Acácio Serere Xavante, atendendo um pedido da Procuradoria-Geral da República (PRG).
Na decisão, Moraes destacou que o indígena “convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos“, que aconteceu ontem.
Em vídeos compartilhados nas redes sociais, Serere Xavante aparece pelo menos duas vezes em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, nos últimos dias. Em ambas as ocasiões ele faz discursos inflamados contra os resultados das urnas diante de Jair Bolsonaro (PL), que havia saído para cumprimentar apoiadores.
Em 9 de dezembro, o indígena chegou a afirmar que o presidente eleito Lula (PT) não vai tomar posse. Também chamou os ministros do STF de bandidos e pediu para Bolsonaro decretar Garantia da Lei e da Ordem.