Filho de Gal Costa pede à Justiça exumação do corpo e nova investigação da morte da cantora

Gabriel Costa também solicitou transferência dos restos mortais da artista, enterrada em São Paulo, para cemitério no Rio de Janeiro. A ex-mulher da cantora também tem a herança recebida contestada

 

Gabriel Costa, o filho da cantora Gal Costa, pediu à Justiça na quarta-feira (13), para que o corpo da mãe seja exumado e levado para outro cemitério. O jovem também solicitou uma necrópsia para estabelecer, em definitivo, a causa da morte da mãe. Na certidão de óbito consta que Gal teve um infarto agudo do miocárdio e que já estava doente, com câncer de cabeça e pescoço. Mas o jovem de 18 anos quer uma avaliação final do que provocou a morte da cantora, em 2022, aos 77 anos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (14).

Segundo petição apresentada pelas advogadas do jovem, ele solicitou que os restos mortais da cantora sejam transferidos para o cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, para que Gal seja enterrada ao lado da mãe dela, Mariah Costa Penna. Atualmente, o corpo da artista está no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, no bairro Consolação, em São Paulo.

A decisão de enterrar Gal em São Paulo foi de Wilma Petrillo, que afirma ser viúva da cantora. Gabriel era menor de idade e não pôde interferir, mas hoje questiona também na Justiça os direitos para a herança deixada pela mãe. A defesa do filho de Gal contesta que Wilma Petrillo tenha sido par romântico da cantora por tantos anos, agindo apenas como empresária e madrinha do menino na maior parte do tempo.

O argumento é que o romance entre as duas ocorreu muitos anos atrás. Em fevereiro passado, um áudio divulgado pelo portal Em OFF revelou um embate entre Wilma e Gabriel. Na gravação, Wilma tenta convencer o rapaz a assinar um documento de reconhecimento de uma dívida da família junto à gravadora Biscoito Fino, que teria emprestado dinheiro para Gal.

A advogada de Gabriel, Luci Vieira Nunes, que foi procuradora de Gal durante o processo de adoção do jovem, reforçou em entrevista nesta quinta ao jornal O Globo que a vontade da cantora era ser enterrada no Rio, ao lado da mãe. A advogada enviou à reportagem um vídeo de 2015, no qual Gal de emociona ao estrear a turnê do disco “Estratosférica” no Rio, indicando que permanecer na cidade era a vontade da baiana.

“A última vontade de Gal era ser sepultada no Rio, no jazigo que ela comprou para descansar ao lado da mãe, que era o grande amor da vida dela. Quando ela morreu, Gabriel era menor de idade e não pôde fazer nada. Todos questionaram a decisão de Wilma de enterrá-la em São Paulo, mas ela não deu ouvidos a ninguém e segregou o corpo em um cemitério privado, de propriedade de amigos dela, que os fãs não podem visitar. Lá, Gal é uma estranha no ninho”, afirmou.

“A Justiça não pode negar a última vontade de Gal, que era ficar ao lado da mãe, no cemitério onde estão os grandes nomes da cultura brasileira”, completou.

A cantora estava casada com Petrillo desde 1998, que também era empresária da artista, conhecida por conduzir com pulso firme a carreira de mulher, e sócia de Gal em duas empresas, como a Baraka Produções Artísticas. As duas viveram um relacionamento discreto, como foram todos os outros vividos por Gal. Embora sempre ao lado da estrela da música, a empresária preferia se manter nos bastidores, longe dos flashes e holofotes. Em seus perfis nas redes socias, ela não costumava postar registros do casal, mas muitas fotos da cantora.

Wilma Petrillo era também a “segunda mãe” de Gabriel. Elas já estavam juntas quando a cantora adotou o menino, hoje com 18 anos. “Rapaz mais lindo do planeta universo e de todas galáxias! Amo muito muito muito”, escreveu a empresária ao postar uma foto do adolescente, a quem ela costuma chamar de “meu pequeno”.

A discreta relação ganhou os holofotes após a publicação de uma matéria da revista Piauí, que detalha os diversos golpes que teriam sido aplicados por Wilma em contratantes de shows, amigos e na própria Gal, que morreu em novembro de 2022, além de acusações de assédio por parte de funcionários.

A advogada, porém, questiona que Gal e Wilma viviam uma união estável. “É inequívoco que se elas realmente tiveram uma relação, esta já havia acabado havia muito tempo. Há anos, Wilma era somente empresária de Gal. Tanto que Gal nunca reconheceu publicamente essa união, nunca falou com ninguém sobre isso e não tinha a intenção de deixar patrimônio para Wilma”, diz Luci à reportagem.

“O que era não imaginou foi que sua última vontade não seria respeitada pela mulher que era madrinha de seu filho”, acrescentou.

(Foto: Reprodução/Globo)

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