O consumidor brasileiro está mais confiante na economia do País e tem a intenção de adquirir bens nos próximos meses. Esta é a conclusão da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou melhora do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) nesta segunda-feira (26).
Apenas em junho, o ICC da FGV Iber avançou 4,1 pontos, totalizando 92,3 pontos. Este patamar só foi menor que o registrado em fevereiro de 2019, quando o pico atingiu 94,5 pontos.
De acordo com a economista Anna Carolina Gouveia, da FGV Ibre, o indicador mede a intenção de consumo de bens duráveis a curto prazo e o aumento da confiança do brasileiro mostra o alívio da inflação e também a expectativa da queda de juros em um futuro breve.
Endividamento das famílias
Vale ressaltar, porém, que o indicador mostra a intenção do consumo, não que este desejo do consumidor vai se concretizar de fato, tendo em vista que o alto endividamento das famílias ainda é preocupante.
Em fevereiro, levantamento da Serasa mostrou que mais de 70 milhões de brasileiros estão inadimplentes.
Também não se sabe quando a taxa básica de juros, a Selic, vai finalmente cair. Na última quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a Selic em 13,75%, estagnada neste patamar desde o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A decisão pela manutenção da Selic foi alvo de críticas de diversas autoridades e empresários, uma vez que a equipe econômica tem feito diversos avanços em relação à condução da política econômica do governo. (Foto: José Cruz/ Agência Brasil)