Faixa presidencial foi passada a Lula por mulher negra, representando núcleos da sociedade

A faixa presidencial foi passada a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma uma mulher negra e catadora cooperativista. É a primeira vez na história do Brasil que o fato ocorre. Antes do artefato chegar ao petista, na tarde deste domingo (1º/1), a faixa foi passada pela mão de outros sete representantes da sociedade: um menino preto, um homem com deficiência, um metalúrgico, um professor, uma cozinheira, um artesão ativista e um cacique indígena.

A tradição do artefato ser passado pelo antecessor não foi seguida por Jair Bolsonaro (PL), que deixou o país na sexta-feira (30/12) e nem por Hamilton Mourão (Republicanos). Com a ausência, a equipe de transição escolheu uma pessoa que representava os núcleos da sociedade que foram os pilares da vitória do petista. A informação já havia sido adiantada pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Reginaldo Lopes.

 

Grupo representativo

A passagem da faixa presidencial a Lula foi histórica: além do recebimento do artefato pela mulher negra, o presidente petista subiu a rampa do Palácio do Planalto lado a lado de oito pessoas, cada uma que representava um perfil do povo brasileiro.

Foi Aline Sousa, de 33 anos, quem passou a faixa presidencial a Lula. Ela é catadora desde os 14 anos e atua como presidente da Rede CentCoop-DF, além de ser responsável pela Secretaria Nacional da Mulher e Juventude da Unicatadores. É beneficiária de programas sociais criados por Lula, como Minha Casa, Minha Vida.

O menino negro que estava ao lado do presidente se chama Francisco, de 10 anos. Morador da periferia de São Paulo, ele é filho de uma assistente social e de um advogado que atua em causas sociais. De acordo com a equipe de transição, Francisco esteve, com os pais, em manifestações em Curitiba em frente ao presídio e afirmou que pode ser presidente também após assistir o filme autobiográfico de Lula.

Também estava presente no cortejo o cacique Raoni Metuktire, autoridade indígena na luta dos direitos  dos povos originários e da defesa da Amazônia. Da aldeia Kraimopry-yaka, o cacique de 90 anos tem representatividade internacional e foi descredibilizado por Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que o indígena “foi cooptado por outros países” ao criticar a gestão do ex-presidente.

Metalúrgico do ABC Paulista desde os 18 anos, Weslley Viesba também subiu a rampa com Lula. Além de ter trabalhar na mesma profissão que Lula antes de se tornar político, Wesley também tem outros pontos em comum com a gestão do petista: conseguiu se graduar na universidade por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), criado pelo presidente.

Os professores e professoras também foram representados na passagem da faixa presidencial: Murilo de Quadros Jesus, de 28 anos, professor de português, formado em letras – português e inglês na Universidade Tecnológica Federal do Paraná subiu a rampa com Lula. (Foto  Reprodução/TV Brasil)

 

Com informação da Agência Brasil, Uol, Globo

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