Extremistas de direita são acusados pela prefeita de Paris

Prefeita de Paris acusa militante de extrema-direita por atentado com três mortos e vários feridos.

No mesmo dia em que cidadão francês disparou vários tiros contra imigrantes no 10º arrondissement (bairro) de Paris, matando três e ferindo outras pessoas, o Ministério Público francês deu o caso por encerrado.

De acordo com as autoridades, um ferroviário aposentado teria sido o autor dos disparos, mas o acontecimento está sendo tratado na mídia como um “tiroteio”, apesar de não haver até agora nenhum registro de que as vítimas portassem armas.

A troca de tiros com o criminoso ocorreu depois que a polícia francesa chegou ao local.

O que já se sabe é que o acusado foi preso duas vezes, uma em 2016 e outra no final de 2021, por tentativa de homicídio num campo de imigrantes.

O bairro em que aconteceu o crime é predominantemente habitado e frequentado por estrangeiros radicados na capital francesa.

Nas proximidades há um centro cultural da comunidade curda.

Anne Hidalgo, prefeita de Paris, não exitou em apontar as razões do atentado e se solidarizar com as vítimas. Depois de afirmar que a iniciativa do crime foi de um militante de extrema-direita, Hidalgo expressou seu sentimento nas redes sociais: “Os curdos devem poder viver em paz e segurança onde quer que vivam. Mais do que nunca, Paris está do lado deles nestes momentos sombrios”.

“Mais uma vez, as autoridades francesas falharam em proteger-nos. Mais uma vez a DGSI (Direcção Geral de Segurança Interna) está a vigiar-nos em vez de garantir a nossa segurança. Para nós, este ataque é terrorista. Faz parte de um clima de tensão intencional mantido pela Turquia”, disse o porta-voz do centro cultural, Agit Polat, citado pelo jornal Le Monde.  (Foto Reuters)

Henrique Acker- 
Jornalista e correspondente estrangeiro

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