Exército prende 17 militares envolvidos no furto de metralhadoras em SP

Comando Militar do Sudeste diz que integrantes do Arsenal de Guerra cumprem punição disciplinar por falha de conduta e erro na fiscalização

 

O Exército brasileiro informou nesta quinta (26) que 17 militares foram punidos pelo  furto das 21 metralhadoras no Arsenal de Guerra de São Paulo. O Comando Militar do Sudeste, responsável pela unidade, afirma que eles cumprem punição disciplinar por “falha de conduta e/ou erro de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento”.

Esses 17 militares punidos foram presos. A prisão está prevista como punição no Regulamento Disciplinar do Exército, mas tem um número de dias que varia a cada um dos envolvidos, entre 1 a 30 dias de detenção. Em casos graves, pode levar à expulsão. Sete suspeitos são investigados pela participação direta no crime, investigados em um inquérito policial que pode levá-los a responder por furto, peculato, receptação, desaparecimento, consunção ou extravio.

As investigações e procedimentos relativos ao caso correm em sigilo, determinado pelo juízo da 2ª Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar (CJM). Os 17 presos estão em um grupo de 20 militares que respondem por transgressão disciplinar. Eles eram responsáveis por tarefas que incluíam a vigilância das instalações no período em que o armamento —13 metralhadoras de calibre .50 e oito fuzis de calibre 7,62— foi subtraído.

Na última terça (24), o Exército decidiu acabar com o aquartelamento de 40 militares que desde o dia 10 não podiam sair do Arsenal de Guerra em Barueri, na região metropolitana da capital. No dia 10, quando o furto das armas foi descoberto, todos os 480 militares do local ficaram aquartelados. Após uma semana, houve liberação gradual dos aquartelados. Além da autorização para sair, os militares receberam seus aparelhos celulares de volta.

Na semana passada, o general Maurício Gama, chefe-maior do Comando Militar do Sudeste, afirmou que recrutas podem ser expulsos. Por causa do furto das armas, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista foi exonerado do cargo de diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo. Para o seu lugar foi nomeado o coronel Mário Victor Vargas Júnior. A mudança ocorreu por ordem do comandante do Exército, general Tomás Paiva.

Até esta quinta-feira, 17 armas foram localizadas pelas polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo. A venda dos armamentos foi negociada com duas facções criminosas, o Comando Vermelho e o PCC, segundo o secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite. Quatro metralhadoras com poder antiaéreo, ou seja, que podem derrubar helicópteros, continuam desaparecidas.

(Foto: Divulgação/Polícia Civil)

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