Exército afasta militares que comunicaram falso alerta de evacuação no RS

Comando Militar do Sul classificou a situação como “grave erro de procedimento” e pediu desculpas a todos os moradores do bairro Mathias Velho, em Canoas, que foram erroneamente informados sobre o rompimento de um dique

 

O Exército Brasileiro afastou nesse domingo (26) militares que divulgaram um falso alerta para que moradores do bairro Mathias Velho, em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, evacuassem a área por risco de inundação. Os militares repassaram à população, ainda na tarde de domingo, a informação de que um dique tinha se rompido e que as águas inundariam a região. Assim passaram a orientar os moradores a saírem das suas casas, disseminando o pânico na população.

De acordo com a Força Armada, os militares integrantes da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, participavam da operação Taquari 2, atuavam no bairro gaúcho e souberam, sem confirmação, que o dique teria se rompido. A estrutura de contenção, no entanto, não se rompeu. Posteriormente a prefeitura de Canoas desmentiu a informação. Logo depois o Exército reconheceu o erro.

“O Exército Brasileiro esclarece que tal situação decorreu de um grave erro de procedimento. Medidas administrativas foram adotadas para apurar rigorosamente os fatos. A 14ª Brigada de Infantaria Motorizada reitera seu compromisso com a população afetada pela catástrofe ambiental, em especial com os moradores de Canoas-RS e manifesta sua solidariedade a todos os moradores que foram erroneamente informados e pede sinceras desculpas pelo ocorrido”, disse o Exército, em nota enviada à Prefeitura de Canoas.

Na semana passada, a Advocacia Geral da União (AGU) e as principais plataformas digitais assinaram um acordo para combater a divulgação de informações falsas sobre as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul pelas redes sociais. De acordo com a Defesa Civil gaúcha, 169 pessoas já morreram em função das enchentes e inundações que atingem o estado. Outras 56 ainda estão desaparecidas. Ao mesmo tempo, 581.638 pessoas estão desalojadas e 55.813 estão em abrigos.

 

(Foto: Paulo Pires/GES)

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