Uma lei federal inclui um novo exame no atendimento de grávidas na rede pública. É o ecocardiograma fetal, que permite avaliar o funcionamento do coração do bebê ainda no útero e, assim, diagnosticar possíveis cardiopatias congênitas, arritmias ou distúrbios funcionais.
O procedimento é indicado quando há alguma alteração no ultrassom ou pelo histórico de saúde da mãe, como hipertensão e diabetes.
Com lei federal sancionada neste mês, o exame passa a constar no protocolo do pré-natal da rede pública, mas ainda condiciona a oferta do procedimento “à disponibilidade orçamentária”.
O Ministério da Saúde não divulgou o custo da inclusão do exame, mas falou que vai disponibilizar este ano, de forma gradativa, os recursos para que ofereçam o ecocardiograma fetal. A pasta informou ainda que a despesa vai constar no orçamento da Saúde no ano que vem.
A limitação de recursos do Ministério já adiou a adoção de outras medidas previstas em lei, mas que ainda não saíram do papel, como a ampliação das doenças diagnosticadas pelo teste de pezinho na rede pública.
Exame pode fazer a diferença
A advogada Vanessa Pedrosa descobriu com 29 semanas de gravidez que o bebê tinha um problema no coração. Graças ao exame feito através do plano de saúde, ela descobriu a condição e que o seu bebê precisará passar por uma cirurgia quando completar seis meses.
“Foi muito importante a gente saber por que conseguimos recorrer aos meios que estão disponíveis, como procurar um cardiologista para a gente ficar mais tranquilo em relação ao diagnóstico. Saber o que poderia ser feito antes do bebê nascer e quais eram as medidas para depois do parto também”, diz
Caso fosse realizado de forma particular, o valor do exame fica casa dos R$ 200.
O diretor da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília, Ângelo Pereira, avalia que o exame é importante para se ter um melhor planejamento na gestação. “É um avanço para que possamos ter um pré-natal de qualidade e uma assistência no parto também”, explica. (Foto: Reprodução)