Ex-ministro Weintraub é punido por ofensas a Paulo Freire

Ex-ministro da educação do governo Bolsonaro já acumula sete punições na Comissão de Ética Pública da Presidência

 

O ex-ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub, o recordista em punições pela Comissão de Ética Pública da Presidência, foi punido novamente. Desta vez, O economista recebeu uma “censura ética” por ofender a imagem do educador Paulo Freire.

O patrono da educação brasileira é alvo constante de ataques ideológicos de bolsonaristas. Há uma série de vídeos de entrevistas e postagens em que o ex-ministro chama Freire de “feio e fraco” e diz que seu método de ensinamento não tem “resultado positivo”. A comissão de Ética considerou um vídeo de 2020, em que além de repetir esses ataques ele ainda o compara a ex-presidente Dilma Rousseff.

“Ele (Paulo Freire) é tão ruim que ele é bom. É como a Dilma. Ele é feio, fraco, não tem resultado positivo e o pessoal quer defender, então é bater em morto”, dizia o ex-ministro.

Essas falas, portanto, resultaram na sétima punição ética em que acumula no currículo. Weintraub tem seis “censuras éticas” e uma advertência. Essas penalidades funcionam como uma mancha e impedem contratação com governo federal por três anos.

Bolsonaro também atacava o renomado educador. Em 2019 ele disse que Paulo Freire era um “energúmeno” e sinalizou a possibilidade de tirar o título de patrono da educação.

(Foto:  Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

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