Joaquim Pereira de Paulo Neto, ex-presidente do partido de Pablo Marçal, teve o carro blindado alvejado em uma rodovia do DF. Polícia Civil apura envolvimento do PCC no caso
O Departamento de Combate ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal investiga um ataque a tiros na tarde de quinta-feira (10) contra o casal de advogados Joaquim Pereira de Paula Neto e Patrícia Reitter de Jesus Oliveira. Neto é ex-presidente do partido PRTB em São Paulo.
O caso foi remetido ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) por conta da suspeita de envolvimento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no caso. Os dois estavam em um carro blindado, na DF-001, quando o veículo foi atingido por vários disparos.
Segundo o relato, dois homens em uma moto abordaram o carro e um deles bateu no vidro mandando encostar, mas a dupla acelerou e os criminosos dispararam contra eles. Os dois não se feriram, mas o veículo ficou com as marcas dos tiros. Os suspeitos fugiram.
Joaquim Neto é um dos integrantes da legenda que denunciaram um suposto envolvimento de integrantes do PRTB com a facção criminosa PCC. O advogado chegou a ocupar o cargo presidente estadual após a Polícia Civil de São Paulo indiciar o antigo dirigente.
Ainda durante a campanha, o agora ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo partido, Pablo Marçal, comentou sobre o suposto envolvimento da cúpula. “Sobre a presença de pessoas do PCC no meu partido, eu queria pedir à Polícia Civil, à Polícia Federal, por favor, se vocês sabem que eles estão no meu partido, por que vocês não prendem esses caras? Quero fazer uma campanha nacional, me ajude a limpar o PRTB. O partido é pequeno, o que o PCC está fazendo lá?”, declarou.
Por conta dessas denúncias, o caso, em primeiro momento registrado em uma delegacia regional do DF, passou a ter investigação de um departamento especializado em crimes praticados por facções criminosas, dentro do Decor da PCDF.
Os dois advogados devem ser chamados para prestar depoimento para que os investigadores saibam se o ataque teve alguma motivação política e ligação com o PCC em São Paulo ou se foi uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) por ocasião. O carro atingido vai passar por perícia.
(Foto: Divulgação)