Estudante do MA representará o Brasil na maior feira de ciências do mundo  

São Luís –  “A ciência nos permite ir além, para as maiores descobertas do mundo moderno, nos fazendo avançar na busca de qualidade de vida”.

A frase acima é do jovem pesquisador maranhense Pedro Paulo Braga, de 16 anos, que vai representar o Maranhão e o Brasil na maior feira de ciências e engenharia do mundo, nos Estados Unidos, com o desenvolvimento de um projeto de pesquisa inédito, capaz de combater os mosquitos transmissores de doenças tropicais, como a dengue e a febre amarela, usando uma planta típica da vegetação maranhense.

O projeto será apresentado em Los Angeles, cidade da Califórnia, no evento Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), que vai acontecer entre os dias 11 a 17 de maio. Do Brasil, foram 6.100 trabalhos inscritos, mas apenas 18 foram selecionados, incluindo a pesquisa de Paulo.

 

Biolarvicida feito a partir do Juá Bravo

Paulo, que é da cidade de Imperatriz, a 636 km de São Luís, começou a desenvolver a pesquisa em 2022, quando ainda estava no 9º ano do ensino fundamental. Hoje, no 2º ano do ensino médio, começa a ver os resultados do reconhecimento dos benefícios que seu trabalho pode trazer para a sociedade.

Paulo faz parte do programa Cientista Aprendiz da Universidade Estadual da Região Tocantina do MA (Uemasul), que prepara estudantes do ensino básico para o mundo da pesquisa científica. O trabalho desenvolvido por ele tem como objeto de estudo a planta Solanum viarum Dunal, mais conhecida no estado como Juá Bravo, muito comum de ser encontrada no cerrado maranhense.

Paulo explicou que o trabalho é focado na folha da planta, onde é encontrado o princípio ativo capaz de matar e modificar as larvas dos mosquitos transmissores de arboviroses.

“Analisamos os princípios ativos encontrados na folha do Juá Bravo, com o intuito de produzir um biolarvicida que consegue matar e modificar geneticamente as larvas dos mosquitos aedes aegypti, transmissor direto da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus, e o Anopheles sp [hospedeiro e transmissor da malária e o principal vetor da doença no Brasil], dentre outras patologias tropicais”, explica Paulo.   (Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal)

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