Estado do Pará lidera o ranking da fome no Brasil

De acordo com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)  divulgada nesta quinta-feira,25, pelo IBGE, o Estado do Pará lidera o ranking da fome no Brasil, com 20,3% de sua população em insegurança alimentar moderada ou grave

A insegurança alimentar no Brasil caiu em 2023, mas ainda continua maior do que em 2013, quando atingiu o menor nível da série histórica da pesquisa.

Norte e Nordeste permanecem como as regiões onde a falta de comida é maior —com destaque para o estado do Pará que vergonhosamente desponta como a unidade da Feeração onde sua população passa fome.

No outro extremo, a região Sul enfrenta menos problemas alimentares, especialmente em Santa Catarina

A insegurança alimentar supera a média nacional em 14 estados.

 

O que aconteceu

O IBGE divide os lares entre aqueles com segurança e insegurança alimentar. Aqueles com segurança alimentar têm acesso regular a comida em quantidade e qualidade nutricional suficientes. As casas com insegurança alimentar são divididas em três categorias:

 

  • Leve: incerteza sobre acesso a comida
  • Moderada: redução da comida para os adultos
  • Grave: redução da comida também para as crianças

 

A insegurança é maior no Norte e Nordeste.

Apesar de apenas 7,7% dos lares brasileiros ficarem no Norte, a região responde por 13,1% da insegurança alimentar moderada ou grave de todo o país. Com 26,4% do total de casas, o Nordeste responde por 41,8% da insegurança alimentar do país.

Insegurança é proporcionalmente menor no Sul.

A região, onde vivem 14,8% dos brasileiros, representa 7,5% de toda a insegurança alimentar do Brasil. Já o Centro-Oeste responde por 6,7% da insegurança moderada ou grave, embora some 8% da população.

Mesmo com 43,1% dos brasileiros, o Sudeste responde por 31% da insegurança alimentar moderada ou grave.

Dos 216 milhões de brasileiros, 64 milhões (29,6%) viviam com algum grau de insegurança alimentar em 2023. Para 20,6 milhões, a insegurança é moderada (11,9 milhões) ou grave (8,6 milhões).

População tinha mais comida em 2013. Segundo o IBGE, 72,4% dos lares brasileiros alcançaram a segurança alimentar no ano passado, contra 63,3% na última pesquisa do instituto, em 2017/2018. Em 2013, no entanto, esse patamar chegava a 77,4% das casas

 

Insegurança caiu com programas sociais

Programas sociais puseram comida na mesa. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aumentou os gastos do Auxílio Brasil em 2022 (ano eleitoral). Ao assumir, Lula mudou o nome do programa (novamente chamado de Bolsa Família) e expandiu o benefício.

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